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IA impulsiona o desenvolvimento de startups no Brasil

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IA impulsiona o desenvolvimento de startups no Brasil

A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como um dos principais motores de inovação e crescimento no ecossistema de startups brasileiras. Empresas emergentes estão incorporando tecnologias de IA para criar soluções inovadoras, otimizar processos e conquistar mercados, tanto nacional quanto internacionalmente. Com a crescente digitalização dos negócios, a IA está se tornando um diferencial competitivo fundamental para startups que buscam escalabilidade e eficiência.
IA impulsiona o desenvolvimento de startups no Brasil
Crescente adoção da IA entre startups brasileiras De acordo com o Observatório Sebrae Startups, 29% das startups no Brasil já utilizam IA em seus produtos e serviços. Essa estatística destaca a relevância da IA como ferramenta estratégica para essas empresas, permitindo-lhes desenvolver soluções mais eficientes e competitivas. Além disso, outras tecnologias também ganham espaço, como APIs (10%), computação em nuvem (6%) e tecnologias sustentáveis (6%). A pesquisa também revela que as startups brasileiras estão incorporando cada vez mais tecnologias avançadas, com a IA sendo a principal aposta para o desenvolvimento de soluções inovadoras. Essa tendência reflete a busca por diferenciação e a adaptação às demandas de um mercado em constante evolução.

Além disso, há uma escassez de profissionais qualificados no mercado, o que limita a capacidade das empresas de desenvolver e manter soluções baseadas em IA.

CLAUDIO CARVAJAL

Exemplos de startups brasileiras de sucesso que utilizam IA

Diversas startups no Brasil têm se destacado pelo uso inovador da IA, alcançando sucesso e reconhecimento no mercado. A seguir, alguns exemplos notáveis:

  • Cromai: Fundada em 2017, a Cromai é uma agtech que utiliza visão computacional para identificar padrões em imagens coletadas no campo, oferecendo diagnósticos que auxiliam na tomada de decisões agronômicas. Uma de suas soluções permite, por meio de imagens de drones, detectar a localização exata e o tipo de planta daninha, otimizando o processo de pulverização.
  • Solinftec: Com origem em 2007, a Solinftec desenvolve soluções de automação e IA para o agronegócio. Entre suas inovações está o robô Solix Ag Robotics, capaz de analisar a saúde das plantas, avaliar seu conteúdo nutricional, identificar ervas daninhas e evidências de danos por insetos, monitorando todo o ecossistema do campo.
  • Amadeus AI: Especializada em serviços e soluções de IA para o mercado corporativo, a Amadeus AI foi uma das 10 startups brasileiras selecionadas para o programa AWS Global Generative AI Accelerator, que oferece até US$ 1 milhão em créditos da AWS para desenvolvimento de tecnologias próprias.
  • Avra: Fornecendo soluções personalizadas de IA para a indústria e o setor financeiro, a Avra também integrou o seleto grupo de startups escolhidas pela AWS para acelerar suas iniciativas em IA generativa.
  • beAnalytic: Destacando-se no cenário nacional e internacional, a beAnalytic oferece soluções em dados, business intelligence e machine learning, auxiliando empresas a transformar dados em insights estratégicos.

Desafios e perspectivas futuras

A adoção da Inteligência Artificial (IA) no Brasil enfrenta desafios significativos, especialmente para pequenas e médias empresas (PMEs). Embora grandes corporações estejam integrando a IA em suas operações, muitas PMEs encontram barreiras tecnológicas, culturais e financeiras que dificultam a implementação dessa tecnologia. Além disso, há uma escassez de profissionais qualificados no mercado, o que limita a capacidade das empresas de desenvolver e manter soluções baseadas em IA. Questões éticas e regulatórias também emergem como obstáculos, exigindo um equilíbrio entre inovação e proteção de direitos fundamentais.

Apesar desses desafios, as perspectivas para a IA no Brasil são promissoras. Grandes empresas multinacionais, como a Microsoft, estão ampliando suas operações no país, com planos de investir R$ 14,7 bilhões nos próximos três anos para fortalecer a infraestrutura de nuvem e IA. Essas iniciativas indicam um futuro onde a IA desempenhará um papel central no desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil.

 

Dicas para quem quer utilizar IA em seus negócios

Para startups que desejam incorporar IA aos seus produtos e serviços, algumas estratégias podem facilitar essa jornada:

  1. Definir um problema claro: Antes de implementar IA, é essencial identificar um problema específico que a tecnologia possa resolver de forma eficaz.
  2. Escolher as ferramentas certas: Existem diversas plataformas acessíveis, como TensorFlow, PyTorch e IBM Watson, que facilitam a implementação de soluções baseadas em IA.
  3. Investir em dados de qualidade: A eficácia dos modelos de IA depende da qualidade dos dados utilizados para treiná-los. Empreendedores devem garantir que seus dados sejam relevantes, limpos e bem estruturados.
  4. Buscar parcerias e suporte: Programas de aceleração e incentivos, como aqueles oferecidos pela AWS e Google Cloud, podem fornecer recursos e mentorias valiosas.
  5. Capacitar a equipe: Ter profissionais capacitados é crucial para a implementação bem-sucedida da IA. Investir em treinamento e contratar especialistas pode fazer diferença no resultado final.
  6. Monitorar e melhorar continuamente: A IA requer ajustes constantes para aprimorar seus resultados. Monitorar o desempenho dos modelos e fazer ajustes conforme necessário é fundamental.

A Inteligência Artificial desempenha um papel crucial no desenvolvimento e sucesso das startups brasileiras. À medida que mais empresas adotam essa tecnologia e superam os desafios associados, espera-se que o ecossistema de inovação no Brasil se fortaleça, contribuindo para o crescimento econômico e a competitividade no cenário global.

 

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Claudio Carvajal

Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Oportunidades de trabalho impulsionadas pela tecnologia

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Oportunidades de trabalho impulsionadas pela tecnologia

O avanço tecnológico tem transformado o mercado de trabalho em um ritmo acelerado, criando oportunidades para aqueles que estão preparados para se adaptar e adquirir novas habilidades. Estudos recentes indicam que a inovação continuará sendo um motor do crescimento do emprego, especialmente em áreas como Inteligência Artificial (IA), Ciência de Dados, Gestão da Tecnologia da Informação (TI) e segurança digital.
Oportunidades de trabalho impulsionadas pela tecnologia

No Brasil, esse fenômeno já vem se consolidando ao longo da última década, e a tendência é que se intensifique ainda mais nos próximos anos.

Segundo um estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, a adoção de novas tecnologias deverá criar 170 milhões de empregos até 2030, enquanto 92 milhões de postos se tornarão obsoletos. O saldo positivo de 78 milhões de novas oportunidades, equivalente a 7% do mercado atual, demonstra que há espaço para crescimento e inovação no mundo do trabalho. No Brasil, entre 2012 e 2022, as profissões ligadas à tecnologia registraram um crescimento de até 740%, destacando a demanda crescente por especialistas em IA, Data Science e Gestão da TI.

Dentre as profissões que devem ganhar ainda mais relevância, destacam-se os especialistas em Big Data, engenheiros de Fintech, cientistas de dados, especialistas em inteligência artificial, desenvolvedores de software, profissionais de cibersegurança e especialistas em internet das coisas. A crescente digitalização das empresas e o avanço da computação em nuvem impulsionam essas carreiras, tornando essencial a capacitação contínua para aqueles que desejam ingressar ou se consolidar nesses setores.

Enquanto algumas profissões ganham espaço, outras enfrentam uma trajetória de declínio devido à automação e digitalização. Funções administrativas, financeiras e de atendimento ao público estão entre as mais afetadas, com uma redução significativa de postos de trabalho.

CLAUDIO CARVAJAL

Além disso, a ascensão da inteligência artificial tem possibilitado avanços significativos na automação de processos, análise preditiva e personalização de serviços. Profissionais capacitados para trabalhar com IA e Data Science terão um papel essencial na criação de soluções inovadoras para diferentes segmentos do mercado, desde o setor financeiro até a saúde e educação.

Entretanto, apesar da expansão das oportunidades, um dos desafios do mercado brasileiro é a preferência das empresas por profissionais já qualificados, em vez de investirem na formação de novos talentos. Isso reforça a necessidade de iniciativas voltadas para a educação e requalificação da força de trabalho, seja por meio de cursos técnicos, graduações ou certificações especializadas. Além disso, a transição para áreas emergentes exige o desenvolvimento de habilidades como pensamento crítico, alfabetização tecnológica e lógica geral.

Enquanto algumas profissões ganham espaço, outras enfrentam uma trajetória de declínio devido à automação e digitalização. Funções administrativas, financeiras e de atendimento ao público estão entre as mais afetadas, com uma redução significativa de postos de trabalho. Isso reforça a necessidade de adaptação para aqueles que desejam manter sua empregabilidade em um cenário cada vez mais tecnológico.

Diante desse cenário, é fundamental que trabalhadores e empresas compreendam a importância do aprendizado contínuo e da flexibilidade profissional. A revolução tecnológica está criando oportunidades sem precedentes, mas apenas aqueles que estiverem preparados poderão aproveitá-las. Investir em qualificação em áreas como IA, Data Science e Gestão de TI é a chave para se manter relevante e competitivo em um mercado de trabalho em constante transformação.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Inteligência Artificial: O Motor da Competitividade Empresarial e a Revolução Imposta pela DeepSeek

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Inteligência Artificial: O Motor da Competitividade Empresarial e a Revolução Imposta pela DeepSeek

A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como um elemento crucial para a competitividade das empresas na era digital. Sua capacidade de processar grandes volumes de dados, automatizar processos e fornecer insights precisos permite que as organizações otimizem operações, inovem em produtos e serviços e se adaptem rapidamente às dinâmicas do mercado.
Inteligência Artificial DeepSeek

Importância da IA para a Competitividade Empresarial

A adoção da IA nas empresas resulta em diversos benefícios que fortalecem sua posição competitiva:

  • Automação de Processos: A IA possibilita a automação de tarefas repetitivas e operacionais, liberando recursos humanos para atividades estratégicas e reduzindo custos operacionais.
  • Análise de Dados Avançada: Com algoritmos de aprendizado de máquina, as empresas podem analisar grandes volumes de dados para identificar padrões e tendências, auxiliando na tomada de decisões informadas.
  • Personalização de Experiências: A IA permite a personalização de produtos e serviços, melhorando a experiência do cliente e aumentando a fidelização.
  • Inovação Contínua: Empresas que incorporam IA em seus processos conseguem inovar de forma mais ágil, desenvolvendo soluções que atendem às necessidades emergentes do mercado.

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) concluiu que a capacidade de IA exerce um efeito positivo significativo no desempenho das empresas. Além disso, uma cultura orientada a dados medeia parcialmente essa relação, indicando que empresas com forte cultura de dados conseguem extrair mais valor de suas capacidades de IA.

 
 
 

A chegada da DeepSeek ao mercado representa uma mudança significativa no equilíbrio de poder na indústria de IA, que até então era dominada por empresas do Vale do Silício.

CLAUDIO CARVAJAL

Principais Tecnologias de IA Disponibilizadas pelas Big Techs

As grandes empresas de tecnologia têm investido massivamente no desenvolvimento de soluções de IA, disponibilizando ferramentas que impulsionam a inovação em diversos setores:

  • Microsoft: Investiu significativamente na OpenAI, criadora do ChatGPT, e integrou modelos de linguagem avançados em seus produtos, como o Copilot no GitHub, que auxilia desenvolvedores com sugestões de código.
  • Google: Desenvolveu o Bard, um modelo de linguagem que compete diretamente com outras IAs generativas, além de aprimorar seus serviços de busca e assistentes virtuais com recursos de IA.
  • Amazon: Utiliza IA para otimizar sua cadeia logística, prever demandas e personalizar recomendações de produtos para os clientes, melhorando a eficiência operacional e a experiência do usuário.
  • Meta (Facebook): Investiu em modelos de linguagem como o LLaMA, focando em aplicações que melhoram a moderação de conteúdo e a interação nas plataformas sociais.
  • Apple: Incorporou IA em diversos produtos, como o assistente virtual Siri, reconhecimento facial no iPhone e recursos de saúde no Apple Watch, aprimorando a usabilidade e segurança de seus dispositivos.

Impacto da Empresa Chinesa DeepSeek no Mercado de IA

Recentemente, a empresa chinesa DeepSeek causou uma disrupção significativa no mercado de IA ao lançar um modelo avançado que rivaliza com soluções ocidentais estabelecidas. A DeepSeek desenvolveu uma IA de código aberto e gratuita, permitindo que mais desenvolvedores participem e criem novas aplicações. Este avanço ocorreu apesar das restrições de exportação de chips impostas pelos EUA à China.

A chegada da DeepSeek ao mercado representa uma mudança significativa no equilíbrio de poder na indústria de IA, que até então era dominada por empresas do Vale do Silício. As implicações globais desta nova concorrência incluem possíveis mudanças na dependência tecnológica do exterior e um impacto nas políticas comerciais internacionais.

Além disso, a DeepSeek oferece soluções de alto desempenho com estruturas de custo menores do que se imaginava, sinalizando que é possível desenvolver IAs eficientes com investimentos mais modestos. Projeções indicam que abordagens semelhantes podem reduzir em 20% a 50% os gastos operacionais em IA até 2026, redirecionando parte dos investimentos previstos em infraestrutura.

A entrada da DeepSeek no mercado de IA não apenas intensifica a concorrência, mas também democratiza o acesso a tecnologias avançadas, permitindo que empresas de diferentes portes e regiões adotem soluções de IA de forma mais acessível.

A Inteligência Artificial tornou-se um pilar fundamental para a competitividade empresarial na atualidade. As Big Techs lideram o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que transformam setores inteiros, enquanto novas entrantes, como a DeepSeek, desafiam o status quo e promovem uma maior democratização das soluções de IA. Para se manterem competitivas, as empresas devem não apenas adotar essas tecnologias, mas também cultivar uma cultura orientada a dados que maximize o valor extraído das capacidades de IA.

 
 

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Oportunidades de modernização da Industria brasileira com a chegada do 5G e do investimento em soluções de IIoT

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Oportunidades de modernização da Industria brasileira com a chegada do 5G e do investimento em soluções de IIoT

5G e a IoT
Os avanços da ciência e da tecnologia sempre apoiaram o desenvolvimento da manufatura ao redor do mundo. Nas últimas décadas, os rápidos avanços nos métodos de industrialização e informatização determinaram significativos avanços no desenvolvimento da próxima geração de tecnologia de manufatura, a chamada Industria 4.0. Essa nova fase da indústria é marcada pela presença de soluções de Industrial Internet of Things – IIoT.

A IIoT consiste na utilização de IoT na Industria, ou seja no uso de tecnologias de sensores para captura de dados, transmissão para soluções digitais, comunicação e protocolos para automação de processos na indústria. Nesse sentido, o desenvolvimento da IoT está associado ao desenvolvimento da Indústria 4.0 e representa uma forte tendência na direção da nova revolução industrial. IoT integra vários dispositivos equipados com recursos de detecção, identificação, processamento, comunicação e rede.

A visão da indústria 4.0 vai além da utilização do IoT. Em conjunto com outras tecnologias, como Inteligência Artificial e Big Data, é possível converter as máquinas comuns em máquinas com munidas de poder de decisão capacidade de autoaprendizagem para melhorar seu desempenho geral, gerenciamento de manutenção e a interação ao com o ambiente. A integração e análise em tempo real de dados maciços otimizará os recursos no processo de fabricação e obterá melhor desempenho das organizações e da cadeia de valor.

Com a chegada das redes 5G, uma importante evolução para telecomunicações, a modernização da indústria brasileira deve ser acelerada.

CLAUDIO CARVAJAL

A visão da indústria 4.0 vai além da utilização do IoT. Em conjunto com outras tecnologias, como Inteligência Artificial e Big Data, é possível converter as máquinas comuns em máquinas com munidas de poder de decisão capacidade de autoaprendizagem para melhorar seu desempenho geral, gerenciamento de manutenção e a interação ao com o ambiente. A integração e análise em tempo real de dados maciços otimizará os recursos no processo de fabricação e obterá melhor desempenho das organizações e da cadeia de valor.

O futuro da indústria está no desenvolvimento de plataformas de fabricação aberta e inteligente para aplicativos de informações em rede industrial. Monitorar dados em tempo real, rastrear o status e as posições do produto, bem como manter as instruções para controlar os processos de produção, são as principais contribuições a Indústria 4.0. Se pensarmos na expansão desse conceito para cadeias ou setores indústrias, o poder dessa transformação é realmente revolucionário.

Com a chegada das redes 5G, uma importante evolução para telecomunicações, a modernização da indústria brasileira deve ser acelerada. O 5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e banda larga, que as empresas de telefonia celular começaram a implantar em todo o mundo em 2018, e é o sucessor planejado das redes 4G que fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais. A melhoria de desempenho das redes permitirá a massificação dessa e de outras tecnologias no ambiente corporativo.

Já temos alguns casos de utilização de IoT e 5G na indústria brasileira em fase de teste. Recentemente, a operadora Claro anunciou um projeto em parceria com a empresa WEG em Jaragua do Sul, Santa Catarina, para implantação de tecnologia 5G para avaliar a aplicação de redes privativas para uso industrial e soluções de IoT. Segundo comunicado, a WEG busca “um alto nível de automação” para sua operação, que envolve a produção de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas.

As empresas que olharem para essa transformação na indústria com certeza identificarão excelentes oportunidade para inovação, em especial através de inovação aberta e parcerias como no exemplo da Claro e WEG. Além de beneficiar empresas, o investimento na modernização da indústria é indispensável para competitividade nacional, e deve ser cada vez incentivado através de políticas públicas.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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As tecnologias emergentes e a transformação digital

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As tecnologias emergentes e a transformação digital

Tecnologias Emergentes
As tecnologias denominadas emergentes são aquelas que têm potencial para criar ou transformar a sociedade nos próximos anos. Essas tecnologias já possuem aplicações práticas, despertam grande interesse por seu potencial de rápido crescimento e impacto na sociedade, mas ainda não foram plenamente exploradas. A solução em escala global dos grandes problemas da humanidade como a pobreza, mudanças climáticas, educação, transparência governamental, dentre outros, passa pela aplicação dessas tecnologias.

Existem inúmeras tecnologias emergentes em desenvolvimento, mas temos algumas que podem ser consideradas tendências atuais de mercado. Essas tecnologias são: Inteligência Artificial, Big Data, IoT, Impressão 3D e Robótica. Essas tecnologias devem transformar a vida das pessoas e das empresas nos próximos anos.

Além de gerar valor para seus clientes utilizando essas tecnologias, as empresas devem aplicá-las para facilitar o processo de tomada de decisão dos gestores.

CLAUDIO CARVAJAL

Inteligência Artificial: Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que se propõe a elaborar dispositivos que simulem a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas. A Alexa, assistente de voz da Amazon, é um exemplo da aplicação de IA no mercado.

Big Data: É um conceito que descreve o grande volume de dados estruturados e não estruturados que são gerados a cada segundo. Um exemplo de utilização de Big Data por empresas, é a análise de dados de clientes realizada por grandes redes de varejo. Por meio da disponibilização de programas de recompensas para os clientes nos supermercados, por exemplo, as redes de varejo conseguem identificar os produtos preferidos de seus consumidores e assim gerar ofertas personalizadas.

IoT: O Internet of Things (IoT) descreve a rede de objetos físicos—“coisas”—que são incorporados a sensores, software e outras tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos. e sistemas pela internet. Esses dispositivos variam de objetos domésticos comuns a ferramentas industriais sofisticadas.

Impressão 3D: As impressoras 3D conseguem imprimir qualquer tipo de coisa utilizando a tecnologia de impressão tridimensional. Os materiais usados na impressão costumam ser resina plástica e modelagens com laser, e sua estrutura é de metal. Ao fazer a leitura de arquivos para impressora 3D, é possível criar os mais diversos tipos de objetos, como peças decorativas, alimentos e até mesmo tatuagem.

Robótica: A robótica é o estudo da tecnologia associada a concepção e construção de robôs. A área engloba toda a história dos computadores, robôs, sistemas mecânicos motorizados e atualmente está presente em áreas como a medicina e astronomia, por exemplo.

Além de gerar valor para seus clientes utilizando essas tecnologias, as empresas devem aplicá-las para facilitar o processo de tomada de decisão dos gestores. A transformação digital começa na compreensão de como a estratégia de negócios se encontra com essas tecnologias para que ela aconteça. A tecnologia é uma aliada na mudança do modelo de negócios e no desenvolvimento de novos produtos para atender melhor as pessoas e a sociedade.

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Inovação e Valor para o cliente: como superar o desafio de alcançar sucesso no mercado

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Inovação e Valor para o cliente: como superar o desafio de alcançar sucesso no mercado

Inovação e Valor
A inovação é essencial em todos os setores. Hoje em dia, as empresas estão cada vez mais sob forte pressão do mercado, que cobra delas essa capacidade contínua de oferecer novos produtos e serviços cada vez mais rápido ao cliente. Os consumidores esperam que os novos produtos satisfaçam suas necessidades e, quando não satisfeitos, eles não escondem suas decepções. A gestão da inovação nas organizações deve permear a mentalidade das pessoas e fazer parte da cultura organizacional, fazer parte do dia a dia.

Antes de pensar na gestão da inovação, é importante partir de uma definição para inovação, dentre as inúmeras que existem. Isto é importante para entender o conceito, compreender a diferença entre inovação e invenção.

Pode-se inventar diversos produtos, mas se ninguém utilizá-los, foram apenas invenções, não podendo ser considerados como inovações. A inovação ocorre quando as pessoas utilizam aquilo que foi inventado. Elas utilizam a invenção porque é algo útil, porque tem “valor”. Isto é o conceito de inovação: criar valor para pessoas, trazendo algo novo (produto, serviços, método, processos etc.).

Quando se cria valor de verdade para os consumidores, inova-se de fato. Mas como fazer isso? Existem muitas metodologias e abordagens que ajudam a trabalhar a inovação nos negócios, e é importante conhecê-las e escolher aquelas que mais se adequam à empresa, como por exemplo:

Lean Product: as equipes de desenvolvimento de produto precisam atender às necessidades cada vez mais exigentes de seus consumidores. Para isso, utilizam abordagens “Lean”, que contribuem com a otimização dos processos de desenvolvimento, uma vez que estas incluem a redução da força de trabalho e do uso de recursos, remoção de atividades que não agregam valor, sobreposição e interação das atividades.

Essas abordagens concentram-se na entrega de valor para o cliente. Este valor pode ser identificado através de várias formas distintas e as abordagens são caracterizadas por diferentes benefícios e focos.

CLAUDIO CARVAJAL

Customer Development: abordagem desenvolvida pelo professor Steve Blank, da Universidade de Stanford, que se concentra em encontrar problemas e sua melhor solução. A experimentação dessa teoria tem foco no ambiente das startups, empresas que surgem justamente de ideias inovadoras que buscam satisfazer e reter seus clientes.

Lean Startup: abordagem desenvolvida por Eric Ries, que se baseou no Customer Development.

O Lean Startup busca um processo rápido de testagem e aprendizado, preocupando-se com o valor para o cliente.

Essas abordagens concentram-se na entrega de valor para o cliente. Este valor pode ser identificado através de várias formas distintas e as abordagens são caracterizadas por diferentes benefícios e focos.

A entrega de valor para o cliente deve nortear, cada vez mais, as estratégias das empresas e o desenvolvimento de inovações. E a integração de várias abordagens pode permitir que as empresas superem o constante desafio de alcançar sucesso no mercado.

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Open Innovation: estratégias de inovação para aproximar grandes empresas do modelo de startups

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Open Innovation: estratégias de inovação para aproximar grandes empresas do modelo de startups

Open Innovation
Atualmente, as transformações tecnológicas, sociais, políticas e econômicas ocorrem em alta velocidade, exigindo que as organizações sejam ágeis e altamente adaptáveis. É preciso acompanhar as novidades, em especial as soluções tecnológicas que surgem a todo momento, podendo trazer ameaças ou oportunidades aos negócios.

As grandes empresas, em geral, investem em estratégias de inovação fechada, quando as invenções, pesquisas e ideias são desenvolvidas internamente, normalmente a cargo do setor de Pesquisa e Desenvolvimento, conhecido como P&D. Além disto, a empresa detém a propriedade intelectual daquilo que desenvolve. Isto significa que o processo de ideação e outras fases da inovação não são compartilhados.

Entretanto, o Open Innovation, ou Inovação Aberta, tornou-se algo cada vez mais comum nas grandes empresas, que procuram se aproximar de universidades, centros de pesquisa e startups – o ecossistema de inovação.
Uma das vantagens da Inovação Aberta é a oxigenação do capital intelectual das grandes organizações. Assim, elas passam a interagir com o ecossistema através de ações como Challenges (desafios baseados em problemas do ambiente corporativo), Hackathons (maratonas de soluções a partir de problemas) e Hubs (espaços que reúnem startups para troca de ideias e networking), além de identificar oportunidades reais de investimento.

A estratégia de Inovação Aberta representa uma verdadeira mudança no mindset de muitos empreendedores, gestores e empresários em geral.

CLAUDIO CARVAJAL

Segundo ranking da 100 Open Startups, plataforma que conecta startups a empresas, 1.635 companhias estabeleceram parcerias com startups nos últimos 12 meses. Este número representa um crescimento 20 vezes maior do que há cinco anos. A pesquisa apontou também as empresas mais engajadas com Inovação Aberta no Brasil:


1 – Natura
2 – ArcelorMittal
3 – BMG
4 – EDP
5 – Alelo
6 – BASF
7 – Raízen
8 – Unilever
9 – Nestlé
10 – Accenture

A estratégia de Inovação Aberta representa uma verdadeira mudança no mindset de muitos empreendedores, gestores e empresários em geral, já que grande parte das empresas focam somente em estratégias de Inovação Fechada e preferem guardar suas ideias em segredo.

É importante lembrar que é possível trabalhar em paralelo com diferentes estratégias de inovação. Os projetos que necessitam de cuidado com a propriedade intelectual, por exemplo, podem adotar métodos de Inovação Fechada. Ao mesmo tempo, esta empresa pode utilizar Inovação Aberta para outros projetos, gerando valor à organização por meio do compartilhamento de conhecimento, estabelecimento de parcerias e investimentos em novos negócios.

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Claudio Carvajal

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Gestão na Era Digital: amplia-se o papel do administrador

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Gestão na Era Digital: amplia-se o papel do administrador

Gestão na Era Digital
A ciência da Administração surge no final do século XIX durante o processo da primeira grande revolução tecnológica: a 1ª Revolução Industrial. Ao longo do século XX, as Teorias da Administração levaram as organizações a alcançar novos patamares de eficiência e eficácia e ajudaram a humanidade a realizar feitos incríveis, como a chegada do homem à Lua. E agora, qual é o papel da Administração na Era Digital?

Vive-se um novo momento, uma nova revolução – a “revolução da velocidade” – porque agora as tecnologias desenvolvem-se exponencialmente. São diversas tecnologias emergentes que trazem inúmeros desafios e oportunidades para pessoas e empresas. Mas uma coisa é certa: é preciso “Administração” para gerenciar esta transformação e de fato convergir todo o poder da tecnologia para obter resultados efetivos de criação de valor, entrega de valor para os clientes, apropriação de valor para as empresas e benefícios para a sociedade.

São novas oportunidades que a Era Digital trouxe consigo, ampliando a atuação do administrador de empresas.

CLAUDIO CARVAJAL

Na Era Digital, dentre as funções básicas do profissional de administração, tem-se a necessidade de se conhecer novas tecnologias tais como Data Science, Inteligência Artificial, Robótica, Internet das Coisas (IoT), Blockchain, dentre outras. Os soft skills – ou habilidades interpessoais como inteligência emocional e trabalho em equipe – ganham nova dimensão. A capacidade de trabalhar colaborativamente para cocriar soluções que resolvam os problemas das pessoas utilizando estas tecnologias, gerando novos produtos, serviços e negócios digitais são essenciais para a atuação do novo administrador. É preciso pensar exponencialmente, uma vez que a tecnologia permite alcançar uma escalabilidade exponencial de mercado. Um serviço on-line, por exemplo, pode elevar a atuação de uma startup a um nível nacional ou mesmo internacional em um curtíssimo espaço de tempo.

O administrador continua atuando na área de planejamento estratégico, finanças, marketing, produção, qualidade, recursos humanos, tecnologia da informação, dentre outras. Hoje, porém, este profissional tem um novo olhar para estas áreas dentro deste contexto ampliado de atuação. A Era Digital traz novas oportunidades em atividades específicas nas empresas, tais como: gestor de mídias sociais, especialista em sucesso do cliente, administrador de dados, investidor day trader, especialista em e-commerce e marketplace, coach de metodologia Agile, gestor de tecnologia e transformação digital. São novas oportunidades que a Era Digital trouxe consigo, ampliando a atuação do administrador de empresas.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Curso de Gestão de Tecnologia da Informação

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Curso de Gestão de Tecnologia da Informação

FIAP Vestibular 2017
Uma excelente oportunidade para quem pretende atuar nos desafios de gerenciamento das tecnologias nas organizações, com sólidos conhecimentos em TECNOLOGIAS EXPONENCIAIS, TAIS COMO ROBÓTICA, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, BIG DATA, DENTRE OUTRAS, e como essas tecnologias serão utilizadas nas empresas nos próximos anos.

O DNA FIAP permite a formação de um profissional para os desafios que enfrentaremos num futuro muito próximo. Future-se com a gente. Saiba mais sobre o curso.

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Desafios da Administração na 4ª Revolução Industrial: Administração de Empresas ou Design de Plataformas de Negócios?

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Desafios da Administração na 4ª Revolução Industrial: Administração de Empresas ou Design de Plataformas de Negócios?

Desafios da Administração na 4ª Revolução Industrial
"Estamos falando de um novo conceito de administração, que reúne o “customer centricity”, - a centralidade no cliente - ao espírito empreendedor e às técnicas de design, prototipação e validação de ideias. Para atender as expectativas de clientes que mudam com extrema velocidade, é preciso aprender a trabalhar em cenários de extrema incerteza, utilizando ferramentas mais ágeis de gestão para criar produtos e serviços que resolvam assertivamente a necessidade das pessoas, com soluções criativas, tecnológicas, com proposta de valores significativas."

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Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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