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Inteligência Artificial (IA) generativa, Redes Sociais e os desafios do combate à desinformação

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Inteligência Artificial (IA) generativa, Redes Sociais e os desafios do combate à desinformação

Nos últimos anos, as redes sociais emergiram como uma força poderosa, remodelando fundamentalmente o setor da comunicação e da mídia. Esse fenômeno revolucionário trouxe consigo uma série de transformações que não apenas redefiniram a maneira como as informações são compartilhadas, mas também influenciaram diretamente a forma como as pessoas interagem com o conteúdo midiático.
Inteligência Artificial (IA) generativa, Redes Sociais e os desafios do combate à desinformação

Um dos aspectos mais notáveis dessa transformação é a instantaneidade no acesso à informação. As redes sociais proporcionaram uma plataforma onde notícias e eventos podem ser divulgados em tempo real. Seja um acontecimento global ou uma atualização local, a disseminação instantânea de informações moldou a maneira como consumimos notícias, quebrando as barreiras temporais e geográficas que antes limitavam a rapidez com que as informações eram compartilhadas.

Além disso, as redes sociais deram origem a uma nova dinâmica de engajamento do público. O público não é mais um mero receptor passivo, mas se tornou parte integrante da narrativa. Comentários, compartilhamentos e interações diretas com organizações de mídia criaram uma comunidade online vibrante, onde as opiniões individuais contribuem para a construção coletiva de conhecimento e percepção.

A divulgação de fake news pode beneficiar diferentes grupos e indivíduos, dependendo do contexto e das motivações por trás da criação e disseminação dessas informações falsas.

CLAUDIO CARVAJAL

A produção de conteúdo também passou por uma mudança significativa. Anteriormente, o monopólio da criação midiática estava nas mãos de grandes organizações de mídia. No entanto, as redes sociais democratizaram esse processo, permitindo que qualquer pessoa, em qualquer lugar, compartilhe suas ideias e perspectivas. Isso resultou em uma diversidade de vozes, enriquecendo o panorama midiático global.

Contudo, é importante reconhecer que esse novo paradigma não está isento de desafios. A proliferação de notícias falsas e desinformação nas redes sociais questiona a credibilidade das fontes tradicionais de notícias. A necessidade de distinguir entre fatos e ficção tornou-se uma preocupação crucial na era digital.

Além disso, a integração cada vez maior das redes sociais nas operações de mídia levanta questões éticas e de privacidade. A coleta de dados pessoais para personalização de conteúdo suscita debates sobre como equilibrar a inovação tecnológica com a proteção dos direitos individuais.

“Inteligência Artificial (IA) generativa” e a criação de conteúdos falsos – Fake News

A inteligência artificial generativa pode ser utilizada para criar conteúdo falso, incluindo notícias falsas (fake news). Modelos de linguagem como o GPT-3, por exemplo, têm a capacidade de gerar texto de maneira extremamente convincente, imitando estilos de escrita humana. Além de conteúdos em textos, as tecnologias de Deep Learning possibilitam ainda a criação de conteúdos falsos em vídeos, os chamados Deep Fakes.  Isso levanta preocupações sobre o potencial uso indevido dessas tecnologias para disseminar informações falsas e desinformação.

A capacidade de criar conteúdo de maneira automática e persuasiva pode ser explorada por indivíduos mal-intencionados para espalhar notícias falsas, manipular a opinião pública, difamar pessoas ou influenciar eventos. Essa é uma preocupação ética e social, pois destaca a necessidade de abordar questões como a autenticidade do conteúdo gerado por IA e desenvolver métodos para detectar e mitigar a propagação de informações falsas.

As fake News podem surgir de várias maneiras e têm diversas origens. A propagação de informações incorretas pode ser intencional ou não, e as motivações por trás da criação e disseminação de fake news são complexas. Aqui estão algumas das principais maneiras como as fake news podem nascer:

Desinformação intencional: Alguém pode criar e disseminar informações falsas deliberadamente com a intenção de enganar, manipular a opinião pública, desacreditar uma pessoa ou instituição, ou promover uma agenda específica.

Sátira e paródia: Às vezes, informações falsas são criadas como parte de sátiras ou paródias, mas, infelizmente, podem ser interpretadas como reais por algumas pessoas.

Interpretação equivocada: Informações verdadeiras podem ser mal interpretadas ou distorcidas durante a disseminação, levando a uma compreensão incorreta dos fatos.

Vazamento de informações erradas: Por vezes, informações incorretas são divulgadas por fontes não confiáveis ou por vazamentos mal verificados.

Viés de confirmação: As pessoas podem inadvertidamente compartilhar informações falsas que confirmam suas crenças preexistentes, contribuindo para a propagação de notícias falsas dentro de bolhas de filtro.

Sensacionalismo e cliques: Algumas organizações de mídia podem exagerar ou distorcer informações para atrair mais atenção, cliques ou audiência.

Uso de bots e redes sociais: Bots automatizados em plataformas de mídia social podem ser programados para disseminar informações falsas em grande escala, amplificando a disseminação dessas notícias.

Falta de verificação: A ausência de verificações adequadas por parte dos consumidores de notícias pode levar à aceitação de informações falsas sem questionamento.

Má interpretação de evidências científicas: Em algumas situações, evidências científicas podem ser mal interpretadas ou distorcidas, levando à disseminação de informações falsas.

Condições sociais e políticas: Em contextos sociais e políticos específicos, as fake news podem ser criadas e disseminadas para influenciar eleições, gerar conflitos ou manipular a opinião pública. 

Além de entender como as Fake News nascem, é essencial entender por que eles nascem e o que ganham aqueles que as produzem ou divulgam. Isto ajuda na construção de estratégias para mitigar este desafio. A divulgação de fake news pode beneficiar diferentes grupos e indivíduos, dependendo do contexto e das motivações por trás da criação e disseminação dessas informações falsas. Aqui estão algumas categorias de pessoas ou grupos que podem se beneficiar com a divulgação de fake news:

Atores políticos: Políticos podem usar fake news para manipular a opinião pública, difamar oponentes ou promover sua agenda. Isso pode ser especialmente eficaz durante campanhas eleitorais.

Agentes externos e influências estrangeiras: Governos estrangeiros ou grupos com interesses específicos podem usar fake news para influenciar a política de outros países, semear discordâncias ou minar a confiança nas instituições.

Empresas e interesses comerciais: Empresas ou setores específicos podem criar fake news para promover seus produtos, desacreditar concorrentes ou influenciar a opinião pública em seu benefício.

Indivíduos com motivações ideológicas: Pessoas com fortes convicções ideológicas podem criar e disseminar fake news para promover suas crenças, desacreditar grupos opostos ou gerar polarização.

Criadores de conteúdo online: Alguns criadores de conteúdo podem se beneficiar financeiramente da divulgação de fake news, especialmente se o conteúdo gerar muitos cliques e visualizações, aumentando a receita publicitária.

Hackers e criminosos cibernéticos: Hackers podem criar fake news como parte de campanhas de desinformação ou para distrair e desviar a atenção de atividades maliciosas, como ataques cibernéticos.

Mídia sensacionalista: Outlets de mídia sensacionalista podem se beneficiar da divulgação de notícias falsas, atraindo mais atenção e audiência.

Bots e contas automatizadas: Criadores de bots automatizados podem ser contratados para disseminar fake news em larga escala, influenciando a percepção pública e criando a ilusão de um consenso em torno de determinados tópicos.

É importante observar que, embora esses grupos ou indivíduos possam se beneficiar no curto prazo, a disseminação de fake news geralmente tem efeitos prejudiciais a longo prazo, incluindo danos à confiança pública, polarização e impactos sociais negativos. O combate a este problema requer esforços coletivos, envolvendo educação, verificação de fatos por órgãos independentes e imparciais, regulamentação e responsabilidade por parte das plataformas de mídia social.

Em resumo, é crucial que a comunidade global, incluindo pesquisadores, desenvolvedores de IA, legisladores e empresas de tecnologia, trabalhe em conjunto para desenvolver medidas que garantam o uso ético da inteligência artificial e minimizem os riscos associados à criação de conteúdo falso. Isso pode envolver o desenvolvimento de técnicas de verificação de autenticidade, educação pública sobre como identificar informações falsas e a implementação de políticas e regulamentações adequadas.

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Claudio Carvajal

Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Inteligência Artificial (IA) generativa: oportunidades e desafios para empresas

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Inteligência Artificial (IA) generativa: oportunidades e desafios para empresas

A “Inteligência Artificial (IA) generativa” refere-se aos sistemas de IA que são capazes de gerar novos conteúdos, como imagens, textos, música ou outros tipos de dados. Esses sistemas são projetados para aprender padrões e características de conjuntos de dados existentes e, com base nesse conhecimento, criar novos dados que se assemelham aos exemplos fornecidos durante o treinamento.
Inteligência Artificial (IA) generativa: oportunidades e desafios para empresas

A IA generativa se baseia em princípios do Machine Learning, um ramo da inteligência artificial que permite que as máquinas aprendam com os dados. Além de analisar dados e aprender com padrões encontrados para fazer previsões ou tomar decisões com base nestes padrões, a IA generativa é capaz de gerar novos conteúdos copiando os dados de entrada no sistema.

Esta tecnologia emergiu como uma força motriz revolucionária no cenário empresarial contemporâneo, desencadeando uma onda de transformação em diversas indústrias. Sua importância transcende a mera adoção tecnológica, estendendo-se à capacidade de redefinir modelos de negócios, impulsionar a eficiência operacional e catalisar a inovação. Nessa perspectiva, a presença da IA é não apenas uma vantagem competitiva, mas uma necessidade vital para a sobrevivência e prosperidade das empresas.

Em indústrias específicas, o impacto da IA generativa tem impactado mais rapidamente as empresas trazendo uma necessidade urgente de adaptação à tecnologia, como é o caso do setor de marketing e mídia

CLAUDIO CARVAJAL

Oportunidades que a “IA Generativa” traz para as empresas

 A utilização da IA no ambiente empresarial possibilita a automação de tarefas rotineiras e repetitivas, liberando os recursos humanos para atividades mais criativas e estratégicas. Os sistemas inteligentes podem realizar análises de dados complexas, otimizar processos logísticos e até mesmo personalizar interações com clientes. Essa automação não apenas aumenta a eficiência operacional, mas também contribui para a redução de custos, fator determinante na competitividade empresarial.

Outro ponto que merece destaque como uma oportunidade da utilização da IA nas empresas é a capacidade da IA analisar o comportamento do cliente e suas preferências. Os sistemas de IA podem oferecer experiências mais personalizadas, aumentando a satisfação do cliente e fortalecendo os laços entre a empresa e seus consumidores. Isto gera também a capacidade de prever as necessidades individuais e adaptar-se dinamicamente às mudanças nas preferências do mercado confere uma vantagem significativa na conquista e retenção de clientes.

Nos últimos anos, a IA generativa passou a se destacar como uma opção de aplicação da IA no ambiente de negócios. Segundo a empresa de consultoria Gartner, as empresas de capital de risco investiram mais de 1,7 bilhão de dólares em soluções de IA generativa nos últimos três anos. Desse montante, a descoberta de medicamentos habilitada para inteligência artificial e a codificação de software de IA receberam a maior parte do financiamento. Isto significa que soluções como o famoso “ChatGPT” são apenas o começo, soluções muito mais sofisticadas devem aparecer para impactar ainda mais o mercado.

Prever o que a IA generativa pode trazer de transformações para empresas nos próximos anos é algo extremamente difícil, mas já podemos observar como as empresas têm explorado a IA generativa e algumas vantagens potenciais incluem:

Inovação em Design e Criatividade: A IA generativa pode ser usada para criar designs inovadores e criativos em diversas áreas, desde design de produtos até publicidade e branding.

Personalização de Conteúdo: Empresas podem utilizar IA generativa para personalizar conteúdos com base em preferências individuais dos usuários, oferecendo experiências mais relevantes e envolventes.

Automação de Tarefas Criativas: A IA generativa pode automatizar tarefas criativas, como a geração de conteúdo textual, imagens ou música, permitindo que as equipes se concentrem em tarefas mais estratégicas e complexas.

Simulação e Prototipagem Rápida: Em setores como manufatura e engenharia, a IA generativa pode ser utilizada para simular e criar protótipos de maneira mais eficiente, acelerando o processo de desenvolvimento de produtos.

Melhoria na Experiência do Cliente: Ao personalizar interações com os clientes, seja por meio de chatbots ou interfaces de usuário personalizadas, a IA generativa pode melhorar a experiência do cliente, antecipando necessidades e fornecendo soluções mais eficazes.

Otimização de Processos de Negócios: Em áreas como cadeia de suprimentos e logística, a IA generativa pode otimizar processos, prevendo demandas e sugerindo ajustes para melhorar a eficiência operacional.

Desafios que a “IA Generativa” traz para as empresas

 A IA generativa apresenta inúmeras possibilidades de melhorar produtividade e performance nos negócios, mas também traz inúmeros desafios e ameaças, como o potencial para “deepfakes”, questões de direitos autorais e outros usos maliciosos da tecnologia de IA generativa direcionados contra a sua organização. Alguns desses desafios incluem:

Ética e Responsabilidade: A geração de conteúdo por IA, especialmente em casos de deepfakes ou manipulação de mídia, levanta preocupações éticas. As empresas precisam garantir o uso responsável da tecnologia e considerar as implicações éticas de criar conteúdo sintético.

Vieses e Discriminação: Se os conjuntos de dados usados para treinar modelos de IA generativa contiverem vieses, isso pode ser refletido nos resultados gerados. As empresas precisam estar cientes desses vieses e trabalhar ativamente para mitigá-los, garantindo a equidade e a imparcialidade nos resultados.

Segurança e Privacidade: A criação de conteúdo gerado por IA pode ser explorada para ataques de segurança, como deepfake de áudio ou vídeo para enganar sistemas de autenticação. As empresas precisam fortalecer as medidas de segurança para proteger contra o uso indevido dessa tecnologia.

Qualidade e Confiabilidade: A qualidade do conteúdo gerado por IA nem sempre é garantida. Pode haver casos em que a IA produza resultados inesperados, inadequados ou de baixa qualidade. As empresas precisam monitorar e garantir a confiabilidade do conteúdo gerado.

Treinamento e Aprendizado Contínuo: Os modelos de IA generativa exigem treinamento adequado, e o aprendizado contínuo é muitas vezes necessário para acompanhar mudanças nos dados de entrada e nas demandas do usuário. Isso requer recursos significativos em termos de hardware, software e expertise técnica.

Transparência e Interpretabilidade: Muitos modelos de IA generativa são considerados “caixas-pretas” devido à sua complexidade. A falta de transparência e interpretabilidade pode dificultar a compreensão de como as decisões são tomadas, o que é crucial, especialmente em casos sensíveis.

Aspectos Legais: A criação e distribuição de conteúdo gerado por IA podem levantar questões legais, especialmente em relação a direitos autorais, propriedade intelectual e responsabilidade por danos causados por informações falsas ou enganosas.

Aceitação Social: A aceitação social de tecnologias generativas, especialmente quando se trata de automação de tarefas criativas, pode ser um desafio. Compreender e abordar as preocupações do público em relação à substituição de empregos ou à manipulação de conteúdo é essencial.

Em indústrias específicas, o impacto da IA generativa tem impactado mais rapidamente as empresas trazendo uma necessidade urgente de adaptação à tecnologia, como é o caso do setor de marketing e mídia, por exemplo. De acordo com a Gartner espera-se que:

  • Até 2025, 30% das mensagens de marketing enviadas por organizações de grande porte serão geradas sinteticamente. Em 2022, esse número era inferior a 2%;
  • Até 2030, um filme de grande sucesso será criado com mais de 90% de imagens geradas por IA (texto para vídeo), acima dos 0% em 2022.

Ou seja, as empresas ou áreas de marketing e mídia que não estiverem investindo nesta tecnologia terão sérias dificuldades de se manter no mercado nos próximos anos.

Em resumo, o investimento na IA generativa é uma estratégia vital para empresas que buscam se destacar no atual cenário empresarial dinâmico. As vantagens oferecidas pela inovação e eficiência operacional superam os desafios associados, desde que sejam adotadas práticas éticas e responsáveis. Ao fazê-lo, as empresas estarão preparadas para enfrentar os desafios do futuro e colher os benefícios duradouros que a IA generativa pode proporcionar ao sucesso empresarial.

 

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Claudio Carvajal

Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Sua empresa está preparada para o mundo pós-digital?

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Sua empresa está preparada para o mundo pós-digital?

Sua empresa está preparada para o mundo pós-digital?
A expansão das tecnologias emergentes desencadeou o surgimento de uma nova estrutura social pautada na interdependência global em rede. Na sociedade pós-digital, a informação assume o papel de principal recurso econômico. A competitividade em uma economia global depende da capacidade das empresas em gerar inovação tecnológica que permita criar valor agregado para seus clientes e para própria organização.

Um estudo da empresa Accenture, o Accenture Technology Vision 2019, realizado com mais de 6 mil executivos de negócios, marketing e Tecnologia das principais economias mundiais, identificou que 45% relataram que o ritmo de inovação em suas empresas foi acelerado nos últimos três anos devidos às tecnologias emergentes. E com a pandemia global causada pelo COVID-19 em 2020, os investimentos em infraestrutura de TI e tecnologias emergentes devem ser intensificados acelerando ainda mais a digitalização no ambiente de negócios.

A vida das pessoas foi e continuará sendo transformada pela tecnologia. Elas estão ávidas por novas experiências digitais, globais e em rede. A internet passa a ser o principal canal de relacionamento entre marcas e consumidores, e essa comunicação pode ser benéfica ou maléfica para a imagem das organizações, fazendo-se necessário adaptar a publicidade e o marketing para a atual realidade da sociedade pós-digital. Essa sociedade é caracterizada por uma presença tão onipresente da tecnologia digital, que nem percebemos mais que ela está lá.

O marketing de influência, que utiliza influenciadores nas redes sociais para promover marcas e produtos, por exemplo, é uma estratégia pós-digital que gera conexão com os clientes, e tem se demonstrado aderente a nova realidade

CLAUDIO CARVAJAL

Para se destacar nesse novo cenário competitivo, as marcas devem despertar desejo de consumo por meio da criação de sensações e experiência inéditas. O consumidor pós-digital é inquieto, volátil e está em constante busca pela satisfação de seus desejos e necessidades. As mudanças comportamentais e culturais junto com as novas mídias trazem inúmeros desafios e oportunidades. As estratégias de marketing precisam ser reinventadas nesse novo contexto. É preciso reinventar o conceito da sua empresa, renovando portfólio de produtos, serviços e modelos de negócios constantemente. Esse relacionamento com entre a empresa e a sociedade, em especial com seus clientes, depende de novas estratégias de marketing, que permitam criar essa nova conexão com os nativos digitais.

O marketing de influência, que utiliza influenciadores nas redes sociais para promover marcas e produtos, por exemplo, é uma estratégia pós-digital que gera conexão com os clientes, e tem se demonstrado aderente a nova realidade. Os clientes querem se relacionar com as empresas, com suas marcas favoritas em todos os canais. Nas lojas físicas, nas diferentes plataformas digitais, e ter uma experiência diferente e grandiosa em cada uma delas. Com a pandemia do COVID-19, a necessidade de ser omnichannel se tornou urgente, devido as restrições colocadas ao funcionamento dos estabelecimentos físicos, mas a importância de estar presente nas plataformas e redes sociais já era uma tendência, algo que foi antecipado e acelerado por muitas organizações desde 2020.

Dessa forma, é oportuno que as empresas façam uma reflexão, um diagnóstico da sua situação em relação às necessidades desse novo cliente, o cliente pós-digital, e a partir dessa análise estabeleça uma estratégia para iniciar ou acelerar o processo de adaptação de sua empresa ao contexto do mundo pós-digital.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Inovação e Valor para o cliente: como superar o desafio de alcançar sucesso no mercado

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Inovação e Valor para o cliente: como superar o desafio de alcançar sucesso no mercado

Inovação e Valor
A inovação é essencial em todos os setores. Hoje em dia, as empresas estão cada vez mais sob forte pressão do mercado, que cobra delas essa capacidade contínua de oferecer novos produtos e serviços cada vez mais rápido ao cliente. Os consumidores esperam que os novos produtos satisfaçam suas necessidades e, quando não satisfeitos, eles não escondem suas decepções. A gestão da inovação nas organizações deve permear a mentalidade das pessoas e fazer parte da cultura organizacional, fazer parte do dia a dia.

Antes de pensar na gestão da inovação, é importante partir de uma definição para inovação, dentre as inúmeras que existem. Isto é importante para entender o conceito, compreender a diferença entre inovação e invenção.

Pode-se inventar diversos produtos, mas se ninguém utilizá-los, foram apenas invenções, não podendo ser considerados como inovações. A inovação ocorre quando as pessoas utilizam aquilo que foi inventado. Elas utilizam a invenção porque é algo útil, porque tem “valor”. Isto é o conceito de inovação: criar valor para pessoas, trazendo algo novo (produto, serviços, método, processos etc.).

Quando se cria valor de verdade para os consumidores, inova-se de fato. Mas como fazer isso? Existem muitas metodologias e abordagens que ajudam a trabalhar a inovação nos negócios, e é importante conhecê-las e escolher aquelas que mais se adequam à empresa, como por exemplo:

Lean Product: as equipes de desenvolvimento de produto precisam atender às necessidades cada vez mais exigentes de seus consumidores. Para isso, utilizam abordagens “Lean”, que contribuem com a otimização dos processos de desenvolvimento, uma vez que estas incluem a redução da força de trabalho e do uso de recursos, remoção de atividades que não agregam valor, sobreposição e interação das atividades.

Essas abordagens concentram-se na entrega de valor para o cliente. Este valor pode ser identificado através de várias formas distintas e as abordagens são caracterizadas por diferentes benefícios e focos.

CLAUDIO CARVAJAL

Customer Development: abordagem desenvolvida pelo professor Steve Blank, da Universidade de Stanford, que se concentra em encontrar problemas e sua melhor solução. A experimentação dessa teoria tem foco no ambiente das startups, empresas que surgem justamente de ideias inovadoras que buscam satisfazer e reter seus clientes.

Lean Startup: abordagem desenvolvida por Eric Ries, que se baseou no Customer Development.

O Lean Startup busca um processo rápido de testagem e aprendizado, preocupando-se com o valor para o cliente.

Essas abordagens concentram-se na entrega de valor para o cliente. Este valor pode ser identificado através de várias formas distintas e as abordagens são caracterizadas por diferentes benefícios e focos.

A entrega de valor para o cliente deve nortear, cada vez mais, as estratégias das empresas e o desenvolvimento de inovações. E a integração de várias abordagens pode permitir que as empresas superem o constante desafio de alcançar sucesso no mercado.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Open Innovation: estratégias de inovação para aproximar grandes empresas do modelo de startups

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Open Innovation: estratégias de inovação para aproximar grandes empresas do modelo de startups

Open Innovation
Atualmente, as transformações tecnológicas, sociais, políticas e econômicas ocorrem em alta velocidade, exigindo que as organizações sejam ágeis e altamente adaptáveis. É preciso acompanhar as novidades, em especial as soluções tecnológicas que surgem a todo momento, podendo trazer ameaças ou oportunidades aos negócios.

As grandes empresas, em geral, investem em estratégias de inovação fechada, quando as invenções, pesquisas e ideias são desenvolvidas internamente, normalmente a cargo do setor de Pesquisa e Desenvolvimento, conhecido como P&D. Além disto, a empresa detém a propriedade intelectual daquilo que desenvolve. Isto significa que o processo de ideação e outras fases da inovação não são compartilhados.

Entretanto, o Open Innovation, ou Inovação Aberta, tornou-se algo cada vez mais comum nas grandes empresas, que procuram se aproximar de universidades, centros de pesquisa e startups – o ecossistema de inovação.
Uma das vantagens da Inovação Aberta é a oxigenação do capital intelectual das grandes organizações. Assim, elas passam a interagir com o ecossistema através de ações como Challenges (desafios baseados em problemas do ambiente corporativo), Hackathons (maratonas de soluções a partir de problemas) e Hubs (espaços que reúnem startups para troca de ideias e networking), além de identificar oportunidades reais de investimento.

A estratégia de Inovação Aberta representa uma verdadeira mudança no mindset de muitos empreendedores, gestores e empresários em geral.

CLAUDIO CARVAJAL

Segundo ranking da 100 Open Startups, plataforma que conecta startups a empresas, 1.635 companhias estabeleceram parcerias com startups nos últimos 12 meses. Este número representa um crescimento 20 vezes maior do que há cinco anos. A pesquisa apontou também as empresas mais engajadas com Inovação Aberta no Brasil:


1 – Natura
2 – ArcelorMittal
3 – BMG
4 – EDP
5 – Alelo
6 – BASF
7 – Raízen
8 – Unilever
9 – Nestlé
10 – Accenture

A estratégia de Inovação Aberta representa uma verdadeira mudança no mindset de muitos empreendedores, gestores e empresários em geral, já que grande parte das empresas focam somente em estratégias de Inovação Fechada e preferem guardar suas ideias em segredo.

É importante lembrar que é possível trabalhar em paralelo com diferentes estratégias de inovação. Os projetos que necessitam de cuidado com a propriedade intelectual, por exemplo, podem adotar métodos de Inovação Fechada. Ao mesmo tempo, esta empresa pode utilizar Inovação Aberta para outros projetos, gerando valor à organização por meio do compartilhamento de conhecimento, estabelecimento de parcerias e investimentos em novos negócios.

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Claudio Carvajal

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Gestão na Era Digital: amplia-se o papel do administrador

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Gestão na Era Digital: amplia-se o papel do administrador

Gestão na Era Digital
A ciência da Administração surge no final do século XIX durante o processo da primeira grande revolução tecnológica: a 1ª Revolução Industrial. Ao longo do século XX, as Teorias da Administração levaram as organizações a alcançar novos patamares de eficiência e eficácia e ajudaram a humanidade a realizar feitos incríveis, como a chegada do homem à Lua. E agora, qual é o papel da Administração na Era Digital?

Vive-se um novo momento, uma nova revolução – a “revolução da velocidade” – porque agora as tecnologias desenvolvem-se exponencialmente. São diversas tecnologias emergentes que trazem inúmeros desafios e oportunidades para pessoas e empresas. Mas uma coisa é certa: é preciso “Administração” para gerenciar esta transformação e de fato convergir todo o poder da tecnologia para obter resultados efetivos de criação de valor, entrega de valor para os clientes, apropriação de valor para as empresas e benefícios para a sociedade.

São novas oportunidades que a Era Digital trouxe consigo, ampliando a atuação do administrador de empresas.

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Na Era Digital, dentre as funções básicas do profissional de administração, tem-se a necessidade de se conhecer novas tecnologias tais como Data Science, Inteligência Artificial, Robótica, Internet das Coisas (IoT), Blockchain, dentre outras. Os soft skills – ou habilidades interpessoais como inteligência emocional e trabalho em equipe – ganham nova dimensão. A capacidade de trabalhar colaborativamente para cocriar soluções que resolvam os problemas das pessoas utilizando estas tecnologias, gerando novos produtos, serviços e negócios digitais são essenciais para a atuação do novo administrador. É preciso pensar exponencialmente, uma vez que a tecnologia permite alcançar uma escalabilidade exponencial de mercado. Um serviço on-line, por exemplo, pode elevar a atuação de uma startup a um nível nacional ou mesmo internacional em um curtíssimo espaço de tempo.

O administrador continua atuando na área de planejamento estratégico, finanças, marketing, produção, qualidade, recursos humanos, tecnologia da informação, dentre outras. Hoje, porém, este profissional tem um novo olhar para estas áreas dentro deste contexto ampliado de atuação. A Era Digital traz novas oportunidades em atividades específicas nas empresas, tais como: gestor de mídias sociais, especialista em sucesso do cliente, administrador de dados, investidor day trader, especialista em e-commerce e marketplace, coach de metodologia Agile, gestor de tecnologia e transformação digital. São novas oportunidades que a Era Digital trouxe consigo, ampliando a atuação do administrador de empresas.

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Claudio Carvajal

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Economia em transformação: como IoT e IA podem ajudar na evolução das empresas

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Economia em transformação: como IoT e IA podem ajudar na evolução das empresas

Inteligência Artificial
Olhando para o passado recente da Tecnologia da Informação e seguindo o fluxo do dinheiro, pode-se observar crescentes investimentos de governos e de grandes empresas de tecnologia na pesquisa e no desenvolvimento da área de Inteligência Artificial (IA) e Internet of Things (IoT) - ou Internet das Coisas.

É preciso identificar os “loucos” mais promissores, aqueles que estão criando as soluções mais incríveis nestas áreas. Mas uma coisa é certa: com tantos investimentos e olhando as recentes soluções já comercializadas, fica fácil perceber que estas tecnologias mudarão o dia a dia de todos em um futuro muito próximo. E o que são estas tecnologias?

A IoT é uma rede de objetos físicos dotados de tecnologia embarcada (sensores e conexões) capaz de capturar e transmitir dados. Uma vez transmitidos, estes dados podem ser transformados em informações de valor que podem viabilizar a criação de diversos tipos de análises ou a prestação de serviços on-line. A interação da Internet das Coisas com a Inteligência Artificial possibilita uma revolução na interação entre homens e máquinas.

A Inteligência Artificial é a simulação da interação entre homens e máquinas através de softwares. É possível simular a inteligência humana por meio da combinação de várias tecnologias como RPA (Robotic Process Automation), Machine Learning, NLP (Natural Language Processing) e Visão Computacional. A aplicação embrionária destas tecnologias já está inserida no dia a dia das pessoas. Pode-se utilizar os chatbots para pedir a instalação de internet no site da empresa sem precisar falar com nenhum funcionário. Ou fazer a solicitação pelo WhatsApp e um chatbot agenda a instalação do serviço e pronto: a internet chega na casa do solicitante.

Cada empresa criará um futuro diferente para seus negócios, mas sem dúvida, as organizações que aproveitarem as oportunidades que essas tecnologias trazem terão grande vantagem competitiva.

CLAUDIO CARVAJAL

A Inteligência Artificial e a Internet das Coisas têm o poder de trazer mais comodidade, praticidade e conforto para a humanidade. Com os grandes investimentos sendo feitos nestas tecnologias, em breve haverá soluções inimagináveis que chegarão ao mercado em pouco tempo. Por outro lado, a consultoria McKinsey estima que metade das atividades existentes será automatizada até 2055. Haverá oportunidade de trabalho para milhões de pessoas que deixarão de exercer suas atividades por causa desta automatização?

Para aqueles que estão à frente da inovação em seus negócios fica uma certeza: é necessário saber mais sobre esse assunto e iniciar algumas reflexões que inspirem suas decisões estratégicas. Como essas mudanças impactarão a empresa? Como pode-se incluir essas tecnologias no portfólio de inovação para que a organização seja protagonista neste novo contexto do mercado?

Não há respostas prontas. Cada empresa criará um futuro diferente para seus negócios, mas sem dúvida, as organizações que aproveitarem as oportunidades que essas tecnologias trazem terão grande vantagem competitiva. Os líderes devem encontrar caminhos sustentáveis para que a transformação esteja de fato a serviço da construção de uma sociedade melhor.

Obs: Artigo publicado em 42 sites, incluindo Porta Terra, Empresa S/A, Gazeta Brasília, Mundo Marketing, dentre outros.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Sociedade 5.0. já é realidade. Quais as chaves para abrir as portas desta nova realidade?

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Sociedade 5.0. já é realidade. Quais as chaves para abrir as portas desta nova realidade?

Sociedade 5.0
A inovação tecnológica passa a ter cada vez mais importância no contexto da Sociedade 5.0. Compreender a fusão entre o mundo físico e o digital é fundamental para impulsionar a competitividade nas empresas e nos países.

É frequente ouvir-se falar sobre as transformações que as novas tecnologias estão impulsionando todos os setores da economia e o cotidiano de toda a sociedade. Todos vivem conectados e passam cada vez mais tempo consumindo conteúdos e serviços no ambiente on-line em celulares, tablets e computadores. Mesmo assim, é um desafio compreender como esse cenário afeta os negócios, quais oportunidades podem ser aproveitadas nesse mundo cada vez mais digital e quais as ameaças que são mais perigosas e que têm que ser combatidas com mais afinco.

A inovação tecnológica passa a ter cada vez mais importância no contexto da Sociedade 5.0. Compreender a fusão entre o mundo físico e o digital é fundamental para impulsionar a competitividade nas empresas e nos países. Esse é o fator estratégico que define o jogo – quem compreende esse contexto e aproveita as oportunidades investindo adequadamente em inovação e tecnologia está à frente na competição pelos mercados, quer sejam empresas ou países.

A inovação tecnológica é a chave para solução dos grandes problemas da atualidade e um grande desafio para empresas e governos. Essa inovação vem ocorrendo tanto por meio de pesquisas científicas quanto através de iniciativas de inovação aberta que permitem que empreendedores, grandes empresas e instituições fomentem a inovação e a criação de novos produtos e serviços.

CLAUDIO CARVAJAL

A Sociedade 5.0 é o desenvolvimento de uma sociedade na qual as tecnologias são aplicadas para buscar a melhoria da qualidade de vida das pessoas, integrando soluções tecnológicas em áreas como saúde, indústria, varejo, transporte e segurança pública, com o intuito de oferecer serviços mais eficientes às pessoas. A competitividade em qualquer negócio necessita da capacidade de incorporar esse conceito e levar valor para as pessoas através dele.

A inovação tecnológica é a chave para solução dos grandes problemas da atualidade e um grande desafio para empresas e governos. Essa inovação vem ocorrendo tanto por meio de pesquisas científicas quanto através de iniciativas de inovação aberta que permitem que empreendedores, grandes empresas e instituições fomentem a inovação e a criação de novos produtos e serviços. Pode-se evidenciar isso observando-se o comportamento das empresas de sucesso nos últimos anos e como os investimentos em tecnologia vêm crescendo na maioria dos países.

A corrida global pela inovação conta com investimentos bilionários e casos inspiradores. A Huawei, multinacional de tecnologia chinesa, por exemplo, investiu nos últimos anos mais de US$ 85 bilhões em inovação tecnológica, melhorando sua classificação em 42 posições no ranking de inovação, o que a colocou na 6ª posição das empresas mais inovadoras do mundo (ranking de inovação do Boston Consulting Group – BCG). No topo desta lista, está a Apple, que subiu duas posições em relação ao ano passado, tirando a liderança da Alphabet, conglomerado de empresas do Google. Em terceiro lugar, está a Amazon, do bilionário Jeff Bezos, que ocupava o segundo lugar em 2019. As grandes multinacionais, que se localizam nos países com maior Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, protagonizam essa corrida demonstrando que na atualidade a competitividade passa pela inovação tecnológica.

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Claudio Carvajal

Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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The Great Reset: Como será o mundo “pós pandemia”?

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The Great Reset: Como será o mundo “pós pandemia”?

Fórum Econômico Mundial
A crise de saúde mundial causada pela pandemia do COVID-19 se propagou para o campo econômico, político e social, e suas repercussões estão apenas começando. Devemos ter muitas mudanças que impactarão nossas vidas, e para as empresas a compreensão desse fenômeno será fundamental para rever estratégias e para tomada de decisões.

O Fundador e Presidente Executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, lançou no dia três de junho de 2020, o tema “The Great Reset” para discussão na próxima edição do fórum que reúne os grandes líderes mundiais e acontecerá em janeiro de 2021. O evento traz a oportunidade de reunir líderes mundiais para discutir sobre desafios e soluções para o mundo pós pandemia. As particularidades de cada nação impuseram diferentes formas de enfrentar a crise, e a unificação de estratégias e ações para homogeneizar o combate à pandemia se demonstrou um grande desafio. Segundo os organizadores do Fórum, “os líderes mundiais se encontram numa encruzilhada histórica, gerenciando pressões de curto prazo contra incertezas de médio e longo prazo”.

Os líderes mundiais se encontram numa encruzilhada histórica, gerenciando pressões de curto prazo contra incertezas de médio e longo prazo.

KLAUS SCHWAB

O problema com o COVID-19, desperta a preocupação com outros problemas que tenham escala global, e que também possam afetar gravemente nossas vidas e a economia. Além da possibilidade de que tenhamos outros vírus ou problemas de saúde com potencial de causar epidemias globais, há também outras ameaças que podem afetar o mundo globalizado e conectado num curto espaço de tempo. Temas como a ameaça de uma crise cibernética, por exemplo, com ataques de vírus virtuais que venham a colapsar a internet, afetando inclusive os sistemas de Governo e financeiros, é uma das discussões que devem pautar o evento. Qual seria o impacto global de uma crise cibernética num mundo cada vez mais conectado e dependente da tecnologia? Estamos preparados para esse tipo de crise? Como podemos nos preparar para um eventual problema dessa natureza?

Apesar da turbulência no campo político internacional, esse espaço de debates pode ser uma oportunidade para buscarmos soluções para prevenção e combate à futuras crises globais, quer sejam na saúde, na cibernética ou na economia. Em pleno século XXI, Era do Digital, o grande desafio da humanidade é aplicar toda ciência e tecnologia de forma ética, criativa e colaborativa para buscar soluções para essas questões que afetam o planeta, respeitando a soberania, a heterogeneidade e especificidades das nações.

Artigo publicado em 31 sites, dentre eles Mundo Marketing, Gazeta de Brasília, Negócios em foco, etc.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Como será o trabalho na pós-pandemia? Cenários de uma nova Era digital

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Como será o trabalho na pós-pandemia? Cenários de uma nova Era digital

Economia Pós-Pandemia
Muitas empresas conseguiram adaptar sua operação à crise, utilizando a tecnologia como aliada. Graças às soluções proporcionadas por ela, pessoas estão trabalhando remotamente, mantendo a operação da empresa ou transformando seus negócios, visando sua sustentabilidade em muitas áreas e setores econômicos.

A crise internacional provocada pela COVID-19 traz inúmeras reflexões sobre os desafios atuais e os que ainda serão enfrentados na Era Digital. Alguns exemplos recentes são a pandemia causada pelo vírus e a “infodemia” causada pela conectividade entre pessoas do mundo todo. Como elas impactam de forma positiva e negativa o cenário atual são fatores sobre os quais as pessoas estão apenas começando a lidar. A velocidade e abrangência global de crises sociais e econômicas também são exponenciais na Era Digital.

E as empresas? Elas estão preparadas para essa nova dinâmica? Muitas conseguiram adaptar sua operação à crise, utilizando a tecnologia como aliada. Graças às soluções tecnológicas, pessoas estão trabalhando remotamente, mantendo a operação da empresa ou transformando seus negócios, visando sua sustentabilidade em muitas áreas e setores econômicos. A importância estratégica da tecnologia nas empresas ficou ainda mais evidente durante a pandemia.

As mudanças serão cada vez mais rápidas e expressivas. E a capacidade de resposta das organizações ao ambiente na Era Digital estará cada vez mais nas pessoas e na sua interação com a tecnologia e as empresas.

CLAUDIO CARVAJAL

A eficiência dessa competência digital das organizações depende de três pilares: Pessoas, Tecnologia e Processos. Mesmo com a tecnologia acessível, muitas empresas não conseguiram manter sua operação – não considerando a queda da demanda por produtos e serviços, mas sim a sua capacidade produtiva interna. Ou seja, mesmo que haja demanda por seus produtos e serviços, algumas empresas não conseguiriam atendê-la porque ficaram paralisadas, não conseguiram dar andamento aos seus processos internos remotamente porque seus colaboradores não souberam utilizar a tecnologia disponível ou não acharam soluções para os verdadeiros desafios dessa crise.

Na área da educação, da saúde, de serviços em geral, por exemplo, pode-se evidenciar alguns casos que reforçam essa ideia. Algumas escolas, clínicas médicas e lojas conseguiram migrar sua operação do presencial para o digital e mantiveram sua operação, enquanto algumas concorrentes não tiveram a mesma agilidade, ainda que tivessem acesso a diversas opções tecnológicas. Se a tecnologia disponível é a mesma, o que de fato fez a diferença? As pessoas protagonizaram a solução através da resiliência, flexibilidade, racionalidade e criatividade frente à crise.

Sem dúvida, uma das lições a se considerar na “pós-crise” reforça algo já conhecido há algum tempo. As empresas precisam investir nas competências digitais de seus colaboradores para que as pessoas protagonizem a transformação digital, utilizando a tecnologia disponível, desenvolvendo novas soluções de forma criativa, inovadora e eficaz. Mesmo o desenvolvimento de novas tecnologias também depende de pessoas talentosas que, a partir da observação de novos cenários que se apresentam, possam adaptar cada projeto ou atividade de forma ágil e flexível.

As mudanças serão cada vez mais rápidas e expressivas. E a capacidade de resposta das organizações ao ambiente na Era Digital estará cada vez mais nas pessoas e na sua interação com a tecnologia e as empresas.

Artigo publicado em 31 sites, dentre eles Mundo Marketing, Gazeta de Brasília, Negócios em foco, etc.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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