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IA impulsiona o desenvolvimento de startups no Brasil

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IA impulsiona o desenvolvimento de startups no Brasil

A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como um dos principais motores de inovação e crescimento no ecossistema de startups brasileiras. Empresas emergentes estão incorporando tecnologias de IA para criar soluções inovadoras, otimizar processos e conquistar mercados, tanto nacional quanto internacionalmente. Com a crescente digitalização dos negócios, a IA está se tornando um diferencial competitivo fundamental para startups que buscam escalabilidade e eficiência.
IA impulsiona o desenvolvimento de startups no Brasil
Crescente adoção da IA entre startups brasileiras De acordo com o Observatório Sebrae Startups, 29% das startups no Brasil já utilizam IA em seus produtos e serviços. Essa estatística destaca a relevância da IA como ferramenta estratégica para essas empresas, permitindo-lhes desenvolver soluções mais eficientes e competitivas. Além disso, outras tecnologias também ganham espaço, como APIs (10%), computação em nuvem (6%) e tecnologias sustentáveis (6%). A pesquisa também revela que as startups brasileiras estão incorporando cada vez mais tecnologias avançadas, com a IA sendo a principal aposta para o desenvolvimento de soluções inovadoras. Essa tendência reflete a busca por diferenciação e a adaptação às demandas de um mercado em constante evolução.

Além disso, há uma escassez de profissionais qualificados no mercado, o que limita a capacidade das empresas de desenvolver e manter soluções baseadas em IA.

CLAUDIO CARVAJAL

Exemplos de startups brasileiras de sucesso que utilizam IA

Diversas startups no Brasil têm se destacado pelo uso inovador da IA, alcançando sucesso e reconhecimento no mercado. A seguir, alguns exemplos notáveis:

  • Cromai: Fundada em 2017, a Cromai é uma agtech que utiliza visão computacional para identificar padrões em imagens coletadas no campo, oferecendo diagnósticos que auxiliam na tomada de decisões agronômicas. Uma de suas soluções permite, por meio de imagens de drones, detectar a localização exata e o tipo de planta daninha, otimizando o processo de pulverização.
  • Solinftec: Com origem em 2007, a Solinftec desenvolve soluções de automação e IA para o agronegócio. Entre suas inovações está o robô Solix Ag Robotics, capaz de analisar a saúde das plantas, avaliar seu conteúdo nutricional, identificar ervas daninhas e evidências de danos por insetos, monitorando todo o ecossistema do campo.
  • Amadeus AI: Especializada em serviços e soluções de IA para o mercado corporativo, a Amadeus AI foi uma das 10 startups brasileiras selecionadas para o programa AWS Global Generative AI Accelerator, que oferece até US$ 1 milhão em créditos da AWS para desenvolvimento de tecnologias próprias.
  • Avra: Fornecendo soluções personalizadas de IA para a indústria e o setor financeiro, a Avra também integrou o seleto grupo de startups escolhidas pela AWS para acelerar suas iniciativas em IA generativa.
  • beAnalytic: Destacando-se no cenário nacional e internacional, a beAnalytic oferece soluções em dados, business intelligence e machine learning, auxiliando empresas a transformar dados em insights estratégicos.

Desafios e perspectivas futuras

A adoção da Inteligência Artificial (IA) no Brasil enfrenta desafios significativos, especialmente para pequenas e médias empresas (PMEs). Embora grandes corporações estejam integrando a IA em suas operações, muitas PMEs encontram barreiras tecnológicas, culturais e financeiras que dificultam a implementação dessa tecnologia. Além disso, há uma escassez de profissionais qualificados no mercado, o que limita a capacidade das empresas de desenvolver e manter soluções baseadas em IA. Questões éticas e regulatórias também emergem como obstáculos, exigindo um equilíbrio entre inovação e proteção de direitos fundamentais.

Apesar desses desafios, as perspectivas para a IA no Brasil são promissoras. Grandes empresas multinacionais, como a Microsoft, estão ampliando suas operações no país, com planos de investir R$ 14,7 bilhões nos próximos três anos para fortalecer a infraestrutura de nuvem e IA. Essas iniciativas indicam um futuro onde a IA desempenhará um papel central no desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil.

 

Dicas para quem quer utilizar IA em seus negócios

Para startups que desejam incorporar IA aos seus produtos e serviços, algumas estratégias podem facilitar essa jornada:

  1. Definir um problema claro: Antes de implementar IA, é essencial identificar um problema específico que a tecnologia possa resolver de forma eficaz.
  2. Escolher as ferramentas certas: Existem diversas plataformas acessíveis, como TensorFlow, PyTorch e IBM Watson, que facilitam a implementação de soluções baseadas em IA.
  3. Investir em dados de qualidade: A eficácia dos modelos de IA depende da qualidade dos dados utilizados para treiná-los. Empreendedores devem garantir que seus dados sejam relevantes, limpos e bem estruturados.
  4. Buscar parcerias e suporte: Programas de aceleração e incentivos, como aqueles oferecidos pela AWS e Google Cloud, podem fornecer recursos e mentorias valiosas.
  5. Capacitar a equipe: Ter profissionais capacitados é crucial para a implementação bem-sucedida da IA. Investir em treinamento e contratar especialistas pode fazer diferença no resultado final.
  6. Monitorar e melhorar continuamente: A IA requer ajustes constantes para aprimorar seus resultados. Monitorar o desempenho dos modelos e fazer ajustes conforme necessário é fundamental.

A Inteligência Artificial desempenha um papel crucial no desenvolvimento e sucesso das startups brasileiras. À medida que mais empresas adotam essa tecnologia e superam os desafios associados, espera-se que o ecossistema de inovação no Brasil se fortaleça, contribuindo para o crescimento econômico e a competitividade no cenário global.

 

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Claudio Carvajal

Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Oportunidades de trabalho impulsionadas pela tecnologia

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Oportunidades de trabalho impulsionadas pela tecnologia

O avanço tecnológico tem transformado o mercado de trabalho em um ritmo acelerado, criando oportunidades para aqueles que estão preparados para se adaptar e adquirir novas habilidades. Estudos recentes indicam que a inovação continuará sendo um motor do crescimento do emprego, especialmente em áreas como Inteligência Artificial (IA), Ciência de Dados, Gestão da Tecnologia da Informação (TI) e segurança digital.
Oportunidades de trabalho impulsionadas pela tecnologia

No Brasil, esse fenômeno já vem se consolidando ao longo da última década, e a tendência é que se intensifique ainda mais nos próximos anos.

Segundo um estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, a adoção de novas tecnologias deverá criar 170 milhões de empregos até 2030, enquanto 92 milhões de postos se tornarão obsoletos. O saldo positivo de 78 milhões de novas oportunidades, equivalente a 7% do mercado atual, demonstra que há espaço para crescimento e inovação no mundo do trabalho. No Brasil, entre 2012 e 2022, as profissões ligadas à tecnologia registraram um crescimento de até 740%, destacando a demanda crescente por especialistas em IA, Data Science e Gestão da TI.

Dentre as profissões que devem ganhar ainda mais relevância, destacam-se os especialistas em Big Data, engenheiros de Fintech, cientistas de dados, especialistas em inteligência artificial, desenvolvedores de software, profissionais de cibersegurança e especialistas em internet das coisas. A crescente digitalização das empresas e o avanço da computação em nuvem impulsionam essas carreiras, tornando essencial a capacitação contínua para aqueles que desejam ingressar ou se consolidar nesses setores.

Enquanto algumas profissões ganham espaço, outras enfrentam uma trajetória de declínio devido à automação e digitalização. Funções administrativas, financeiras e de atendimento ao público estão entre as mais afetadas, com uma redução significativa de postos de trabalho.

CLAUDIO CARVAJAL

Além disso, a ascensão da inteligência artificial tem possibilitado avanços significativos na automação de processos, análise preditiva e personalização de serviços. Profissionais capacitados para trabalhar com IA e Data Science terão um papel essencial na criação de soluções inovadoras para diferentes segmentos do mercado, desde o setor financeiro até a saúde e educação.

Entretanto, apesar da expansão das oportunidades, um dos desafios do mercado brasileiro é a preferência das empresas por profissionais já qualificados, em vez de investirem na formação de novos talentos. Isso reforça a necessidade de iniciativas voltadas para a educação e requalificação da força de trabalho, seja por meio de cursos técnicos, graduações ou certificações especializadas. Além disso, a transição para áreas emergentes exige o desenvolvimento de habilidades como pensamento crítico, alfabetização tecnológica e lógica geral.

Enquanto algumas profissões ganham espaço, outras enfrentam uma trajetória de declínio devido à automação e digitalização. Funções administrativas, financeiras e de atendimento ao público estão entre as mais afetadas, com uma redução significativa de postos de trabalho. Isso reforça a necessidade de adaptação para aqueles que desejam manter sua empregabilidade em um cenário cada vez mais tecnológico.

Diante desse cenário, é fundamental que trabalhadores e empresas compreendam a importância do aprendizado contínuo e da flexibilidade profissional. A revolução tecnológica está criando oportunidades sem precedentes, mas apenas aqueles que estiverem preparados poderão aproveitá-las. Investir em qualificação em áreas como IA, Data Science e Gestão de TI é a chave para se manter relevante e competitivo em um mercado de trabalho em constante transformação.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Inteligência Artificial: O Motor da Competitividade Empresarial e a Revolução Imposta pela DeepSeek

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Inteligência Artificial: O Motor da Competitividade Empresarial e a Revolução Imposta pela DeepSeek

A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como um elemento crucial para a competitividade das empresas na era digital. Sua capacidade de processar grandes volumes de dados, automatizar processos e fornecer insights precisos permite que as organizações otimizem operações, inovem em produtos e serviços e se adaptem rapidamente às dinâmicas do mercado.
Inteligência Artificial DeepSeek

Importância da IA para a Competitividade Empresarial

A adoção da IA nas empresas resulta em diversos benefícios que fortalecem sua posição competitiva:

  • Automação de Processos: A IA possibilita a automação de tarefas repetitivas e operacionais, liberando recursos humanos para atividades estratégicas e reduzindo custos operacionais.
  • Análise de Dados Avançada: Com algoritmos de aprendizado de máquina, as empresas podem analisar grandes volumes de dados para identificar padrões e tendências, auxiliando na tomada de decisões informadas.
  • Personalização de Experiências: A IA permite a personalização de produtos e serviços, melhorando a experiência do cliente e aumentando a fidelização.
  • Inovação Contínua: Empresas que incorporam IA em seus processos conseguem inovar de forma mais ágil, desenvolvendo soluções que atendem às necessidades emergentes do mercado.

Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) concluiu que a capacidade de IA exerce um efeito positivo significativo no desempenho das empresas. Além disso, uma cultura orientada a dados medeia parcialmente essa relação, indicando que empresas com forte cultura de dados conseguem extrair mais valor de suas capacidades de IA.

 
 
 

A chegada da DeepSeek ao mercado representa uma mudança significativa no equilíbrio de poder na indústria de IA, que até então era dominada por empresas do Vale do Silício.

CLAUDIO CARVAJAL

Principais Tecnologias de IA Disponibilizadas pelas Big Techs

As grandes empresas de tecnologia têm investido massivamente no desenvolvimento de soluções de IA, disponibilizando ferramentas que impulsionam a inovação em diversos setores:

  • Microsoft: Investiu significativamente na OpenAI, criadora do ChatGPT, e integrou modelos de linguagem avançados em seus produtos, como o Copilot no GitHub, que auxilia desenvolvedores com sugestões de código.
  • Google: Desenvolveu o Bard, um modelo de linguagem que compete diretamente com outras IAs generativas, além de aprimorar seus serviços de busca e assistentes virtuais com recursos de IA.
  • Amazon: Utiliza IA para otimizar sua cadeia logística, prever demandas e personalizar recomendações de produtos para os clientes, melhorando a eficiência operacional e a experiência do usuário.
  • Meta (Facebook): Investiu em modelos de linguagem como o LLaMA, focando em aplicações que melhoram a moderação de conteúdo e a interação nas plataformas sociais.
  • Apple: Incorporou IA em diversos produtos, como o assistente virtual Siri, reconhecimento facial no iPhone e recursos de saúde no Apple Watch, aprimorando a usabilidade e segurança de seus dispositivos.

Impacto da Empresa Chinesa DeepSeek no Mercado de IA

Recentemente, a empresa chinesa DeepSeek causou uma disrupção significativa no mercado de IA ao lançar um modelo avançado que rivaliza com soluções ocidentais estabelecidas. A DeepSeek desenvolveu uma IA de código aberto e gratuita, permitindo que mais desenvolvedores participem e criem novas aplicações. Este avanço ocorreu apesar das restrições de exportação de chips impostas pelos EUA à China.

A chegada da DeepSeek ao mercado representa uma mudança significativa no equilíbrio de poder na indústria de IA, que até então era dominada por empresas do Vale do Silício. As implicações globais desta nova concorrência incluem possíveis mudanças na dependência tecnológica do exterior e um impacto nas políticas comerciais internacionais.

Além disso, a DeepSeek oferece soluções de alto desempenho com estruturas de custo menores do que se imaginava, sinalizando que é possível desenvolver IAs eficientes com investimentos mais modestos. Projeções indicam que abordagens semelhantes podem reduzir em 20% a 50% os gastos operacionais em IA até 2026, redirecionando parte dos investimentos previstos em infraestrutura.

A entrada da DeepSeek no mercado de IA não apenas intensifica a concorrência, mas também democratiza o acesso a tecnologias avançadas, permitindo que empresas de diferentes portes e regiões adotem soluções de IA de forma mais acessível.

A Inteligência Artificial tornou-se um pilar fundamental para a competitividade empresarial na atualidade. As Big Techs lideram o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que transformam setores inteiros, enquanto novas entrantes, como a DeepSeek, desafiam o status quo e promovem uma maior democratização das soluções de IA. Para se manterem competitivas, as empresas devem não apenas adotar essas tecnologias, mas também cultivar uma cultura orientada a dados que maximize o valor extraído das capacidades de IA.

 
 

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Tendências de Tecnologia para 2025 no Brasil: Inovação e Oportunidades para Negócios

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Tendências de Tecnologia para 2025 no Brasil: Inovação e Oportunidades para Negócios

Com a aceleração da digitalização, impulsionada pela pandemia e pelo crescimento da infraestrutura de conectividade, apesar dos desafios na área econômica, o país encontra-se numa posição privilegiada para aproveitar as tendências tecnológicas e impulsionar desenvolvimento de novos negócios. Neste artigo, exploraremos as principais tendências tecnológicas previstas para 2025 no Brasil e como as empresas podem alavancar essas transformações para criar valor.
Tendências de Tecnologia para 2025 no Brasil

Expansão do 5G e a Revolução da Conectividade 

O avanço da infraestrutura 5G no Brasil será um dos grandes pilares da transformação digital em 2025. Com velocidades de conexão significativamente mais altas e latência reduzida, o 5G possibilitará o crescimento de soluções baseadas na Internet das Coisas (IoT), como cidades inteligentes, agricultura de precisão e indústrias conectadas. Negócios podem se beneficiar ao investir em tecnologias que aproveitem essa conectividade, seja para otimizar operações, melhorar a experiência do cliente ou criar novos modelos de negócio.

A formação de equipes competentes para lidar com novas tecnologias é fundamental. Programas de treinamento em IA, análise de dados e cibersegurança serão diferenciais competitivos.

CLAUDIO CARVAJAL

Inteligência Artificial e Big Data no Contexto Brasileiro 

A Inteligência Artificial (IA) continuará a desempenhar um papel central em 2025, ajudando empresas a analisarem grandes volumes de dados (Big Data) e tomarem decisões mais informadas. Setores como varejo, saúde e serviços financeiros estão entre os mais promissores para a adoção de IA. Empresas podem usar essas tecnologias para prever o comportamento do consumidor, otimizar cadeias de suprimentos e personalizar serviços. No entanto, é essencial investir em capacitação profissional e em soluções que respeitem a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), promovendo o uso ético da tecnologia.

Economia Digital e Inclusão Financeira 

O crescimento das fintechs no Brasil é um exemplo claro de como a tecnologia pode promover a inclusão financeira. Em 2025, espera-se que soluções digitais continuem a expandir o acesso ao crédito, pagamentos digitais e investimentos para populações antes desassistidas. Para as empresas, isso representa não apenas um mercado consumidor mais amplo, mas também a possibilidade de criarem serviços financeiros personalizados, aproveitando o poder dos dados para entender melhor as necessidades de diferentes grupos.

Realidade Virtual, Aumentada e o Metaverso no Brasil 

A consolidação do metaverso global também encontrará espaço no Brasil, especialmente em setores como entretenimento, educação e varejo. Em 2025, mais empresas brasileiras deverão explorar essas tecnologias para criar experiências imersivas, como treinamento de funcionários em realidade virtual ou o uso de realidade aumentada para demonstrar produtos. Essa tendência traz a oportunidade de diferenciar marcas e aumentar o engajamento com os clientes.

Avanços em Saúde Digital e Biotecnologia 

O setor de saúde no Brasil seguirá um ritmo acelerado de digitalização em 2025, com tecnologias como telemedicina, dispositivos vestíveis e análise preditiva ganhando espaço. Empresas de biotecnologia também continuarão a inovar, desenvolvendo soluções para diagnósticos mais rápidos e tratamentos personalizados. Para os negócios, isso significa oportunidades em nichos como produtos de bem-estar, softwares de gestão hospitalar e serviços voltados à saúde preventiva.

Como as Empresas Podem Aproveitar essas Tendências

Para capitalizar as oportunidades oferecidas pelas tendências tecnológicas em 2025, as empresas brasileiras devem adotar uma abordagem proativa e estratégica. Isso inclui:

  • Investir em capacitação e formação: A formação de equipes competentes para lidar com novas tecnologias é fundamental. Programas de treinamento em IA, análise de dados e cibersegurança serão diferenciais competitivos.
  • Apostar na colaboração: Parcerias entre startups, empresas estabelecidas e instituições de pesquisa podem acelerar a adoção de inovações.
  • Adaptar-se ao consumidor conectado: Entender o comportamento digital do consumidor brasileiro e oferecer experiências personalizadas será essencial.
  • Incorporar a sustentabilidade: Negócios que equilibrarem lucro e impacto ambiental tendem a ganhar a preferência de consumidores e investidores.

As tendências tecnológicas de 2025 apresentam um cenário positivo em possibilidades para o Brasil. Empresas que se prepararem para abraçar essas inovações, com uma mentalidade flexível e focada em criar valor compartilhado, estarão melhor posicionadas para crescer e liderar em um mercado cada vez mais competitivo. A combinação de criatividade, tecnologia e estratégia será o diferencial para transformar desafios em oportunidades.

 

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Inteligência Artificial (IA) generativa, Redes Sociais e os desafios do combate à desinformação

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Inteligência Artificial (IA) generativa, Redes Sociais e os desafios do combate à desinformação

Nos últimos anos, as redes sociais emergiram como uma força poderosa, remodelando fundamentalmente o setor da comunicação e da mídia. Esse fenômeno revolucionário trouxe consigo uma série de transformações que não apenas redefiniram a maneira como as informações são compartilhadas, mas também influenciaram diretamente a forma como as pessoas interagem com o conteúdo midiático.
Inteligência Artificial (IA) generativa, Redes Sociais e os desafios do combate à desinformação

Um dos aspectos mais notáveis dessa transformação é a instantaneidade no acesso à informação. As redes sociais proporcionaram uma plataforma onde notícias e eventos podem ser divulgados em tempo real. Seja um acontecimento global ou uma atualização local, a disseminação instantânea de informações moldou a maneira como consumimos notícias, quebrando as barreiras temporais e geográficas que antes limitavam a rapidez com que as informações eram compartilhadas.

Além disso, as redes sociais deram origem a uma nova dinâmica de engajamento do público. O público não é mais um mero receptor passivo, mas se tornou parte integrante da narrativa. Comentários, compartilhamentos e interações diretas com organizações de mídia criaram uma comunidade online vibrante, onde as opiniões individuais contribuem para a construção coletiva de conhecimento e percepção.

A divulgação de fake news pode beneficiar diferentes grupos e indivíduos, dependendo do contexto e das motivações por trás da criação e disseminação dessas informações falsas.

CLAUDIO CARVAJAL

A produção de conteúdo também passou por uma mudança significativa. Anteriormente, o monopólio da criação midiática estava nas mãos de grandes organizações de mídia. No entanto, as redes sociais democratizaram esse processo, permitindo que qualquer pessoa, em qualquer lugar, compartilhe suas ideias e perspectivas. Isso resultou em uma diversidade de vozes, enriquecendo o panorama midiático global.

Contudo, é importante reconhecer que esse novo paradigma não está isento de desafios. A proliferação de notícias falsas e desinformação nas redes sociais questiona a credibilidade das fontes tradicionais de notícias. A necessidade de distinguir entre fatos e ficção tornou-se uma preocupação crucial na era digital.

Além disso, a integração cada vez maior das redes sociais nas operações de mídia levanta questões éticas e de privacidade. A coleta de dados pessoais para personalização de conteúdo suscita debates sobre como equilibrar a inovação tecnológica com a proteção dos direitos individuais.

“Inteligência Artificial (IA) generativa” e a criação de conteúdos falsos – Fake News

A inteligência artificial generativa pode ser utilizada para criar conteúdo falso, incluindo notícias falsas (fake news). Modelos de linguagem como o GPT-3, por exemplo, têm a capacidade de gerar texto de maneira extremamente convincente, imitando estilos de escrita humana. Além de conteúdos em textos, as tecnologias de Deep Learning possibilitam ainda a criação de conteúdos falsos em vídeos, os chamados Deep Fakes.  Isso levanta preocupações sobre o potencial uso indevido dessas tecnologias para disseminar informações falsas e desinformação.

A capacidade de criar conteúdo de maneira automática e persuasiva pode ser explorada por indivíduos mal-intencionados para espalhar notícias falsas, manipular a opinião pública, difamar pessoas ou influenciar eventos. Essa é uma preocupação ética e social, pois destaca a necessidade de abordar questões como a autenticidade do conteúdo gerado por IA e desenvolver métodos para detectar e mitigar a propagação de informações falsas.

As fake News podem surgir de várias maneiras e têm diversas origens. A propagação de informações incorretas pode ser intencional ou não, e as motivações por trás da criação e disseminação de fake news são complexas. Aqui estão algumas das principais maneiras como as fake news podem nascer:

Desinformação intencional: Alguém pode criar e disseminar informações falsas deliberadamente com a intenção de enganar, manipular a opinião pública, desacreditar uma pessoa ou instituição, ou promover uma agenda específica.

Sátira e paródia: Às vezes, informações falsas são criadas como parte de sátiras ou paródias, mas, infelizmente, podem ser interpretadas como reais por algumas pessoas.

Interpretação equivocada: Informações verdadeiras podem ser mal interpretadas ou distorcidas durante a disseminação, levando a uma compreensão incorreta dos fatos.

Vazamento de informações erradas: Por vezes, informações incorretas são divulgadas por fontes não confiáveis ou por vazamentos mal verificados.

Viés de confirmação: As pessoas podem inadvertidamente compartilhar informações falsas que confirmam suas crenças preexistentes, contribuindo para a propagação de notícias falsas dentro de bolhas de filtro.

Sensacionalismo e cliques: Algumas organizações de mídia podem exagerar ou distorcer informações para atrair mais atenção, cliques ou audiência.

Uso de bots e redes sociais: Bots automatizados em plataformas de mídia social podem ser programados para disseminar informações falsas em grande escala, amplificando a disseminação dessas notícias.

Falta de verificação: A ausência de verificações adequadas por parte dos consumidores de notícias pode levar à aceitação de informações falsas sem questionamento.

Má interpretação de evidências científicas: Em algumas situações, evidências científicas podem ser mal interpretadas ou distorcidas, levando à disseminação de informações falsas.

Condições sociais e políticas: Em contextos sociais e políticos específicos, as fake news podem ser criadas e disseminadas para influenciar eleições, gerar conflitos ou manipular a opinião pública. 

Além de entender como as Fake News nascem, é essencial entender por que eles nascem e o que ganham aqueles que as produzem ou divulgam. Isto ajuda na construção de estratégias para mitigar este desafio. A divulgação de fake news pode beneficiar diferentes grupos e indivíduos, dependendo do contexto e das motivações por trás da criação e disseminação dessas informações falsas. Aqui estão algumas categorias de pessoas ou grupos que podem se beneficiar com a divulgação de fake news:

Atores políticos: Políticos podem usar fake news para manipular a opinião pública, difamar oponentes ou promover sua agenda. Isso pode ser especialmente eficaz durante campanhas eleitorais.

Agentes externos e influências estrangeiras: Governos estrangeiros ou grupos com interesses específicos podem usar fake news para influenciar a política de outros países, semear discordâncias ou minar a confiança nas instituições.

Empresas e interesses comerciais: Empresas ou setores específicos podem criar fake news para promover seus produtos, desacreditar concorrentes ou influenciar a opinião pública em seu benefício.

Indivíduos com motivações ideológicas: Pessoas com fortes convicções ideológicas podem criar e disseminar fake news para promover suas crenças, desacreditar grupos opostos ou gerar polarização.

Criadores de conteúdo online: Alguns criadores de conteúdo podem se beneficiar financeiramente da divulgação de fake news, especialmente se o conteúdo gerar muitos cliques e visualizações, aumentando a receita publicitária.

Hackers e criminosos cibernéticos: Hackers podem criar fake news como parte de campanhas de desinformação ou para distrair e desviar a atenção de atividades maliciosas, como ataques cibernéticos.

Mídia sensacionalista: Outlets de mídia sensacionalista podem se beneficiar da divulgação de notícias falsas, atraindo mais atenção e audiência.

Bots e contas automatizadas: Criadores de bots automatizados podem ser contratados para disseminar fake news em larga escala, influenciando a percepção pública e criando a ilusão de um consenso em torno de determinados tópicos.

É importante observar que, embora esses grupos ou indivíduos possam se beneficiar no curto prazo, a disseminação de fake news geralmente tem efeitos prejudiciais a longo prazo, incluindo danos à confiança pública, polarização e impactos sociais negativos. O combate a este problema requer esforços coletivos, envolvendo educação, verificação de fatos por órgãos independentes e imparciais, regulamentação e responsabilidade por parte das plataformas de mídia social.

Em resumo, é crucial que a comunidade global, incluindo pesquisadores, desenvolvedores de IA, legisladores e empresas de tecnologia, trabalhe em conjunto para desenvolver medidas que garantam o uso ético da inteligência artificial e minimizem os riscos associados à criação de conteúdo falso. Isso pode envolver o desenvolvimento de técnicas de verificação de autenticidade, educação pública sobre como identificar informações falsas e a implementação de políticas e regulamentações adequadas.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Sua empresa está preparada para o mundo pós-digital?

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Sua empresa está preparada para o mundo pós-digital?

Sua empresa está preparada para o mundo pós-digital?
A expansão das tecnologias emergentes desencadeou o surgimento de uma nova estrutura social pautada na interdependência global em rede. Na sociedade pós-digital, a informação assume o papel de principal recurso econômico. A competitividade em uma economia global depende da capacidade das empresas em gerar inovação tecnológica que permita criar valor agregado para seus clientes e para própria organização.

Um estudo da empresa Accenture, o Accenture Technology Vision 2019, realizado com mais de 6 mil executivos de negócios, marketing e Tecnologia das principais economias mundiais, identificou que 45% relataram que o ritmo de inovação em suas empresas foi acelerado nos últimos três anos devidos às tecnologias emergentes. E com a pandemia global causada pelo COVID-19 em 2020, os investimentos em infraestrutura de TI e tecnologias emergentes devem ser intensificados acelerando ainda mais a digitalização no ambiente de negócios.

A vida das pessoas foi e continuará sendo transformada pela tecnologia. Elas estão ávidas por novas experiências digitais, globais e em rede. A internet passa a ser o principal canal de relacionamento entre marcas e consumidores, e essa comunicação pode ser benéfica ou maléfica para a imagem das organizações, fazendo-se necessário adaptar a publicidade e o marketing para a atual realidade da sociedade pós-digital. Essa sociedade é caracterizada por uma presença tão onipresente da tecnologia digital, que nem percebemos mais que ela está lá.

O marketing de influência, que utiliza influenciadores nas redes sociais para promover marcas e produtos, por exemplo, é uma estratégia pós-digital que gera conexão com os clientes, e tem se demonstrado aderente a nova realidade

CLAUDIO CARVAJAL

Para se destacar nesse novo cenário competitivo, as marcas devem despertar desejo de consumo por meio da criação de sensações e experiência inéditas. O consumidor pós-digital é inquieto, volátil e está em constante busca pela satisfação de seus desejos e necessidades. As mudanças comportamentais e culturais junto com as novas mídias trazem inúmeros desafios e oportunidades. As estratégias de marketing precisam ser reinventadas nesse novo contexto. É preciso reinventar o conceito da sua empresa, renovando portfólio de produtos, serviços e modelos de negócios constantemente. Esse relacionamento com entre a empresa e a sociedade, em especial com seus clientes, depende de novas estratégias de marketing, que permitam criar essa nova conexão com os nativos digitais.

O marketing de influência, que utiliza influenciadores nas redes sociais para promover marcas e produtos, por exemplo, é uma estratégia pós-digital que gera conexão com os clientes, e tem se demonstrado aderente a nova realidade. Os clientes querem se relacionar com as empresas, com suas marcas favoritas em todos os canais. Nas lojas físicas, nas diferentes plataformas digitais, e ter uma experiência diferente e grandiosa em cada uma delas. Com a pandemia do COVID-19, a necessidade de ser omnichannel se tornou urgente, devido as restrições colocadas ao funcionamento dos estabelecimentos físicos, mas a importância de estar presente nas plataformas e redes sociais já era uma tendência, algo que foi antecipado e acelerado por muitas organizações desde 2020.

Dessa forma, é oportuno que as empresas façam uma reflexão, um diagnóstico da sua situação em relação às necessidades desse novo cliente, o cliente pós-digital, e a partir dessa análise estabeleça uma estratégia para iniciar ou acelerar o processo de adaptação de sua empresa ao contexto do mundo pós-digital.

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Claudio Carvajal

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Inovação e Valor para o cliente: como superar o desafio de alcançar sucesso no mercado

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Inovação e Valor para o cliente: como superar o desafio de alcançar sucesso no mercado

Inovação e Valor
A inovação é essencial em todos os setores. Hoje em dia, as empresas estão cada vez mais sob forte pressão do mercado, que cobra delas essa capacidade contínua de oferecer novos produtos e serviços cada vez mais rápido ao cliente. Os consumidores esperam que os novos produtos satisfaçam suas necessidades e, quando não satisfeitos, eles não escondem suas decepções. A gestão da inovação nas organizações deve permear a mentalidade das pessoas e fazer parte da cultura organizacional, fazer parte do dia a dia.

Antes de pensar na gestão da inovação, é importante partir de uma definição para inovação, dentre as inúmeras que existem. Isto é importante para entender o conceito, compreender a diferença entre inovação e invenção.

Pode-se inventar diversos produtos, mas se ninguém utilizá-los, foram apenas invenções, não podendo ser considerados como inovações. A inovação ocorre quando as pessoas utilizam aquilo que foi inventado. Elas utilizam a invenção porque é algo útil, porque tem “valor”. Isto é o conceito de inovação: criar valor para pessoas, trazendo algo novo (produto, serviços, método, processos etc.).

Quando se cria valor de verdade para os consumidores, inova-se de fato. Mas como fazer isso? Existem muitas metodologias e abordagens que ajudam a trabalhar a inovação nos negócios, e é importante conhecê-las e escolher aquelas que mais se adequam à empresa, como por exemplo:

Lean Product: as equipes de desenvolvimento de produto precisam atender às necessidades cada vez mais exigentes de seus consumidores. Para isso, utilizam abordagens “Lean”, que contribuem com a otimização dos processos de desenvolvimento, uma vez que estas incluem a redução da força de trabalho e do uso de recursos, remoção de atividades que não agregam valor, sobreposição e interação das atividades.

Essas abordagens concentram-se na entrega de valor para o cliente. Este valor pode ser identificado através de várias formas distintas e as abordagens são caracterizadas por diferentes benefícios e focos.

CLAUDIO CARVAJAL

Customer Development: abordagem desenvolvida pelo professor Steve Blank, da Universidade de Stanford, que se concentra em encontrar problemas e sua melhor solução. A experimentação dessa teoria tem foco no ambiente das startups, empresas que surgem justamente de ideias inovadoras que buscam satisfazer e reter seus clientes.

Lean Startup: abordagem desenvolvida por Eric Ries, que se baseou no Customer Development.

O Lean Startup busca um processo rápido de testagem e aprendizado, preocupando-se com o valor para o cliente.

Essas abordagens concentram-se na entrega de valor para o cliente. Este valor pode ser identificado através de várias formas distintas e as abordagens são caracterizadas por diferentes benefícios e focos.

A entrega de valor para o cliente deve nortear, cada vez mais, as estratégias das empresas e o desenvolvimento de inovações. E a integração de várias abordagens pode permitir que as empresas superem o constante desafio de alcançar sucesso no mercado.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Open Innovation: estratégias de inovação para aproximar grandes empresas do modelo de startups

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Open Innovation: estratégias de inovação para aproximar grandes empresas do modelo de startups

Open Innovation
Atualmente, as transformações tecnológicas, sociais, políticas e econômicas ocorrem em alta velocidade, exigindo que as organizações sejam ágeis e altamente adaptáveis. É preciso acompanhar as novidades, em especial as soluções tecnológicas que surgem a todo momento, podendo trazer ameaças ou oportunidades aos negócios.

As grandes empresas, em geral, investem em estratégias de inovação fechada, quando as invenções, pesquisas e ideias são desenvolvidas internamente, normalmente a cargo do setor de Pesquisa e Desenvolvimento, conhecido como P&D. Além disto, a empresa detém a propriedade intelectual daquilo que desenvolve. Isto significa que o processo de ideação e outras fases da inovação não são compartilhados.

Entretanto, o Open Innovation, ou Inovação Aberta, tornou-se algo cada vez mais comum nas grandes empresas, que procuram se aproximar de universidades, centros de pesquisa e startups – o ecossistema de inovação.
Uma das vantagens da Inovação Aberta é a oxigenação do capital intelectual das grandes organizações. Assim, elas passam a interagir com o ecossistema através de ações como Challenges (desafios baseados em problemas do ambiente corporativo), Hackathons (maratonas de soluções a partir de problemas) e Hubs (espaços que reúnem startups para troca de ideias e networking), além de identificar oportunidades reais de investimento.

A estratégia de Inovação Aberta representa uma verdadeira mudança no mindset de muitos empreendedores, gestores e empresários em geral.

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Segundo ranking da 100 Open Startups, plataforma que conecta startups a empresas, 1.635 companhias estabeleceram parcerias com startups nos últimos 12 meses. Este número representa um crescimento 20 vezes maior do que há cinco anos. A pesquisa apontou também as empresas mais engajadas com Inovação Aberta no Brasil:


1 – Natura
2 – ArcelorMittal
3 – BMG
4 – EDP
5 – Alelo
6 – BASF
7 – Raízen
8 – Unilever
9 – Nestlé
10 – Accenture

A estratégia de Inovação Aberta representa uma verdadeira mudança no mindset de muitos empreendedores, gestores e empresários em geral, já que grande parte das empresas focam somente em estratégias de Inovação Fechada e preferem guardar suas ideias em segredo.

É importante lembrar que é possível trabalhar em paralelo com diferentes estratégias de inovação. Os projetos que necessitam de cuidado com a propriedade intelectual, por exemplo, podem adotar métodos de Inovação Fechada. Ao mesmo tempo, esta empresa pode utilizar Inovação Aberta para outros projetos, gerando valor à organização por meio do compartilhamento de conhecimento, estabelecimento de parcerias e investimentos em novos negócios.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Gestão na Era Digital: amplia-se o papel do administrador

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Gestão na Era Digital: amplia-se o papel do administrador

Gestão na Era Digital
A ciência da Administração surge no final do século XIX durante o processo da primeira grande revolução tecnológica: a 1ª Revolução Industrial. Ao longo do século XX, as Teorias da Administração levaram as organizações a alcançar novos patamares de eficiência e eficácia e ajudaram a humanidade a realizar feitos incríveis, como a chegada do homem à Lua. E agora, qual é o papel da Administração na Era Digital?

Vive-se um novo momento, uma nova revolução – a “revolução da velocidade” – porque agora as tecnologias desenvolvem-se exponencialmente. São diversas tecnologias emergentes que trazem inúmeros desafios e oportunidades para pessoas e empresas. Mas uma coisa é certa: é preciso “Administração” para gerenciar esta transformação e de fato convergir todo o poder da tecnologia para obter resultados efetivos de criação de valor, entrega de valor para os clientes, apropriação de valor para as empresas e benefícios para a sociedade.

São novas oportunidades que a Era Digital trouxe consigo, ampliando a atuação do administrador de empresas.

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Na Era Digital, dentre as funções básicas do profissional de administração, tem-se a necessidade de se conhecer novas tecnologias tais como Data Science, Inteligência Artificial, Robótica, Internet das Coisas (IoT), Blockchain, dentre outras. Os soft skills – ou habilidades interpessoais como inteligência emocional e trabalho em equipe – ganham nova dimensão. A capacidade de trabalhar colaborativamente para cocriar soluções que resolvam os problemas das pessoas utilizando estas tecnologias, gerando novos produtos, serviços e negócios digitais são essenciais para a atuação do novo administrador. É preciso pensar exponencialmente, uma vez que a tecnologia permite alcançar uma escalabilidade exponencial de mercado. Um serviço on-line, por exemplo, pode elevar a atuação de uma startup a um nível nacional ou mesmo internacional em um curtíssimo espaço de tempo.

O administrador continua atuando na área de planejamento estratégico, finanças, marketing, produção, qualidade, recursos humanos, tecnologia da informação, dentre outras. Hoje, porém, este profissional tem um novo olhar para estas áreas dentro deste contexto ampliado de atuação. A Era Digital traz novas oportunidades em atividades específicas nas empresas, tais como: gestor de mídias sociais, especialista em sucesso do cliente, administrador de dados, investidor day trader, especialista em e-commerce e marketplace, coach de metodologia Agile, gestor de tecnologia e transformação digital. São novas oportunidades que a Era Digital trouxe consigo, ampliando a atuação do administrador de empresas.

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Inovação Tecnológica Inteligência Artificial Internet das Coisas Internet of Things Sociedade 5.0

Economia em transformação: como IoT e IA podem ajudar na evolução das empresas

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Economia em transformação: como IoT e IA podem ajudar na evolução das empresas

Inteligência Artificial
Olhando para o passado recente da Tecnologia da Informação e seguindo o fluxo do dinheiro, pode-se observar crescentes investimentos de governos e de grandes empresas de tecnologia na pesquisa e no desenvolvimento da área de Inteligência Artificial (IA) e Internet of Things (IoT) - ou Internet das Coisas.

É preciso identificar os “loucos” mais promissores, aqueles que estão criando as soluções mais incríveis nestas áreas. Mas uma coisa é certa: com tantos investimentos e olhando as recentes soluções já comercializadas, fica fácil perceber que estas tecnologias mudarão o dia a dia de todos em um futuro muito próximo. E o que são estas tecnologias?

A IoT é uma rede de objetos físicos dotados de tecnologia embarcada (sensores e conexões) capaz de capturar e transmitir dados. Uma vez transmitidos, estes dados podem ser transformados em informações de valor que podem viabilizar a criação de diversos tipos de análises ou a prestação de serviços on-line. A interação da Internet das Coisas com a Inteligência Artificial possibilita uma revolução na interação entre homens e máquinas.

A Inteligência Artificial é a simulação da interação entre homens e máquinas através de softwares. É possível simular a inteligência humana por meio da combinação de várias tecnologias como RPA (Robotic Process Automation), Machine Learning, NLP (Natural Language Processing) e Visão Computacional. A aplicação embrionária destas tecnologias já está inserida no dia a dia das pessoas. Pode-se utilizar os chatbots para pedir a instalação de internet no site da empresa sem precisar falar com nenhum funcionário. Ou fazer a solicitação pelo WhatsApp e um chatbot agenda a instalação do serviço e pronto: a internet chega na casa do solicitante.

Cada empresa criará um futuro diferente para seus negócios, mas sem dúvida, as organizações que aproveitarem as oportunidades que essas tecnologias trazem terão grande vantagem competitiva.

CLAUDIO CARVAJAL

A Inteligência Artificial e a Internet das Coisas têm o poder de trazer mais comodidade, praticidade e conforto para a humanidade. Com os grandes investimentos sendo feitos nestas tecnologias, em breve haverá soluções inimagináveis que chegarão ao mercado em pouco tempo. Por outro lado, a consultoria McKinsey estima que metade das atividades existentes será automatizada até 2055. Haverá oportunidade de trabalho para milhões de pessoas que deixarão de exercer suas atividades por causa desta automatização?

Para aqueles que estão à frente da inovação em seus negócios fica uma certeza: é necessário saber mais sobre esse assunto e iniciar algumas reflexões que inspirem suas decisões estratégicas. Como essas mudanças impactarão a empresa? Como pode-se incluir essas tecnologias no portfólio de inovação para que a organização seja protagonista neste novo contexto do mercado?

Não há respostas prontas. Cada empresa criará um futuro diferente para seus negócios, mas sem dúvida, as organizações que aproveitarem as oportunidades que essas tecnologias trazem terão grande vantagem competitiva. Os líderes devem encontrar caminhos sustentáveis para que a transformação esteja de fato a serviço da construção de uma sociedade melhor.

Obs: Artigo publicado em 42 sites, incluindo Porta Terra, Empresa S/A, Gazeta Brasília, Mundo Marketing, dentre outros.

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