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A Transformação Digital no Agronegócio Brasileiro

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A Transformação Digital no Agronegócio Brasileiro

A Transformação Digital no Agronegócio brasileiro
O agronegócio é um dos segmentos econômicos de maior capacidade de gerar riquezas e reduzir desigualdades sociais, além de ser responsável por mais da metade das exportações e cerca de 26% do PIB (Produto Interno Brasileiro), mesmo considerando a crise instalada pela pandemia do COVID 19.

O desempenho do Agronegócio no país tem sido surpreendente nos últimos anos, o superávit do setor foi maior do que o da própria balança comercial, que  registrou US$  50,9  bilhões  em  receita  líquida, enquanto o  agronegócio excedeu a marca de US$ 100 bilhões (CEPEA, 2021).

Além de fatores de mercado, como o aumento da demanda da soja pelos principais países consumidores do mundo, principalmente Estados Unidos e a China, este avanço nos resultados só é possível graças à uso intensivo de tecnologia e transformação, em especial à inovação nas técnicas de cultivo de solo, insumos e sementes melhoradas, georreferenciamento e uso de drones. No final de 2020, por exemplo, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, noticiou o aporte de R$ 140 milhões em investimentos em PD&I.

Como todo negócio em transformação, o agronegócio também tem seus desafios.  A pandemia impôs restrições à mobilidade de pessoal, dificultando a realização de alguns serviços no campo e ao apoio do setor de logística, responsável pelo transporte de insumos e produtos. Além disso, o setor se viu ameaçado pela forte pressão do mercado mundial, que passou a exigir melhores práticas de preservação ambiental, entre elas o combate ao desmatamento e às queimadas.

 

A transformação digital no agronegócio brasileiro traz um cenário bastante otimista para o desenvolvimento desta indústria tão importante para o país.

CLAUDIO CARVAJAL

A superação destes desafios passa pelo desenvolvimento de soluções tecnológicas que exigem uma mudança no paradigma que possa digitalizar cada vez mais o setor. A gestão estratégica do agronegócio, assim como outros setores, começa pela sensibilização de suas lideranças para que elas possam trazer as tecnologias emergentes agregando valor para organizações do agronegócio e para sociedade.

Além do investimento direto em tecnologia pelas empresas tradicionais do agronegócio, há também um crescimento de iniciativas de inovação aberta e do ecossistema de startups, ou seja, de criação de novas empresas de tecnologia que trazem inovação para este mercado, as chamadas de AgTechs. Estas startups impulsionam a transformação digital no agronegócio, melhorando a qualidade de vida do trabalhador do campo e os resultados do setor. Observando os investimentos realizados recentemente, é possível observar algumas tecnologias que não são apenas tendências, mas uma realidade neste processo de mudança, tais como:

Inteligência Artificial: O uso da inteligência artificial melhora a eficiência, reduzindo custos. Além da análise de dados, da automação de equipamentos e maquinários, a inteligência artificial tem ganhado espaço no universo do agronegócio diante dos mapeamentos e diagnósticos precisos que geram retornos de investimentos.

IoT e Drones: Dentro do conceito básico de IoT – Internet das Coisas, a integração de tecnologias de sensores e softwares conectados a objetos como drones, por exemplo, permite a coleta de imagens e dados para os mais diversos fins dentro do agronegócio. O IoT alinhado com a Inteligência Artificial melhora a tomada de decisão que passa a ser baseada em análise de dados, e melhora a performance da automação.

Softwares e Aplicativos Mobile: A transformação digital no agronegócio já é uma realidade. A cada ano aumenta o número de soluções digitais que trazem benefícios para a produção, bem como para a cadeia produtiva do agronegócio, atendendo demandas que vão desde o financiamento para empresas até e-commerce e markeplace que integram os participantes deste setor. Essas novas empresas de tecnologia que surgem no agronegócio, as chamadas Agtechs, devem colaborar com seu desenvolvimento, possibilitando harmonizar a necessidade de expansão com os desafios sócio-ambientais.

A transformação digital no agronegócio brasileiro traz um cenário bastante otimista para o desenvolvimento desta indústria tão importante para o país. Tanto os programas governamentais de incentivo à pesquisa, os investimentos de grandes empresas do setor e as iniciativas de inovação aberta serão fundamentais para acelerar este processo e trazer cada vez mais produtividade com responsabilidade socioambiental.

 

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Claudio Carvajal

Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Oportunidades de modernização da Industria brasileira com a chegada do 5G e do investimento em soluções de IIoT

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Oportunidades de modernização da Industria brasileira com a chegada do 5G e do investimento em soluções de IIoT

5G e a IoT
Os avanços da ciência e da tecnologia sempre apoiaram o desenvolvimento da manufatura ao redor do mundo. Nas últimas décadas, os rápidos avanços nos métodos de industrialização e informatização determinaram significativos avanços no desenvolvimento da próxima geração de tecnologia de manufatura, a chamada Industria 4.0. Essa nova fase da indústria é marcada pela presença de soluções de Industrial Internet of Things – IIoT.

A IIoT consiste na utilização de IoT na Industria, ou seja no uso de tecnologias de sensores para captura de dados, transmissão para soluções digitais, comunicação e protocolos para automação de processos na indústria. Nesse sentido, o desenvolvimento da IoT está associado ao desenvolvimento da Indústria 4.0 e representa uma forte tendência na direção da nova revolução industrial. IoT integra vários dispositivos equipados com recursos de detecção, identificação, processamento, comunicação e rede.

A visão da indústria 4.0 vai além da utilização do IoT. Em conjunto com outras tecnologias, como Inteligência Artificial e Big Data, é possível converter as máquinas comuns em máquinas com munidas de poder de decisão capacidade de autoaprendizagem para melhorar seu desempenho geral, gerenciamento de manutenção e a interação ao com o ambiente. A integração e análise em tempo real de dados maciços otimizará os recursos no processo de fabricação e obterá melhor desempenho das organizações e da cadeia de valor.

Com a chegada das redes 5G, uma importante evolução para telecomunicações, a modernização da indústria brasileira deve ser acelerada.

CLAUDIO CARVAJAL

A visão da indústria 4.0 vai além da utilização do IoT. Em conjunto com outras tecnologias, como Inteligência Artificial e Big Data, é possível converter as máquinas comuns em máquinas com munidas de poder de decisão capacidade de autoaprendizagem para melhorar seu desempenho geral, gerenciamento de manutenção e a interação ao com o ambiente. A integração e análise em tempo real de dados maciços otimizará os recursos no processo de fabricação e obterá melhor desempenho das organizações e da cadeia de valor.

O futuro da indústria está no desenvolvimento de plataformas de fabricação aberta e inteligente para aplicativos de informações em rede industrial. Monitorar dados em tempo real, rastrear o status e as posições do produto, bem como manter as instruções para controlar os processos de produção, são as principais contribuições a Indústria 4.0. Se pensarmos na expansão desse conceito para cadeias ou setores indústrias, o poder dessa transformação é realmente revolucionário.

Com a chegada das redes 5G, uma importante evolução para telecomunicações, a modernização da indústria brasileira deve ser acelerada. O 5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e banda larga, que as empresas de telefonia celular começaram a implantar em todo o mundo em 2018, e é o sucessor planejado das redes 4G que fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais. A melhoria de desempenho das redes permitirá a massificação dessa e de outras tecnologias no ambiente corporativo.

Já temos alguns casos de utilização de IoT e 5G na indústria brasileira em fase de teste. Recentemente, a operadora Claro anunciou um projeto em parceria com a empresa WEG em Jaragua do Sul, Santa Catarina, para implantação de tecnologia 5G para avaliar a aplicação de redes privativas para uso industrial e soluções de IoT. Segundo comunicado, a WEG busca “um alto nível de automação” para sua operação, que envolve a produção de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas.

As empresas que olharem para essa transformação na indústria com certeza identificarão excelentes oportunidade para inovação, em especial através de inovação aberta e parcerias como no exemplo da Claro e WEG. Além de beneficiar empresas, o investimento na modernização da indústria é indispensável para competitividade nacional, e deve ser cada vez incentivado através de políticas públicas.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Open Innovation e Sustentabilidade dos Negócios na Era Pós-Digital

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Open Innovation e Sustentabilidade dos Negócios na Era Pós-Digital

Open Innovation
A gestão estratégica e a gestão da inovação tecnológica devem ser consideradas processos interconectados, já que no cenário competitivo do mundo pós-digital, não inovar significa para uma empresa correr sério risco de ser ultrapassada por novas ideias de negócios no mercado. Adotar uma abordagem estratégica do uso da inovação tecnológica como fator de competitividade não é mais uma opção, mas uma necessidade para qualquer organização.

A inovação está relacionada ao desenvolvimento dos países, das empresas e da própria humanidade. Ao longo dos anos as organizações vêm investindo em inovação para melhorar sua competitividade e sustentabilidade. Tradicionalmente, a área de inovação das empresas trabalhava fortemente através de P&D (pesquisa e desenvolvimento através de métodos científicos), de forma fechada e fortemente preocupada com a questão da proteção da propriedade intelectual, ou mesmo em obter vantagem pelo pioneirismo. Mas com a dinâmica e a complexidade das tecnologias emergentes, podemos observar um crescimento das iniciativas de inovação aberta, inovação gerada através de parcerias com empresas, startups e Universidades.

A inovação “aberta” já ocorre há bastante tempo no ambiente empresarial, mas recentemente o professor Henry Chesbrough, da Universidade da Califórnia em Berkley, publicou um livro chamado “Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology”, passando a ser reconhecido como o criador do termo Inovação Aberta. Segundo Henry Chesbrough, as empresas orientadas pelo modelo de inovação aberta terão resultados muito melhores do que as empresas que trabalham apenas com estratégias de inovação fechada.

Na sociedade pós-digital em que vivemos, é importante que as empresas desenvolvam estratégias de inovação alinhadas com sua gestão estratégica corporativa

CLAUDIO CARVAJAL

As estratégias de inovação devem mesclar iniciativas fechadas e abertas, dependo da necessidade da proteção da propriedade intelectual ou da própria gestão estratégica que muitas vezes deve deixar para anunciar as novidades e diferenciais gerados pela inovação ao mercado no momento certo. Entretanto, não trabalhar estratégias de inovação aberta atualmente é um erro, uma vez que o ambiente tecnológico e de negócios e dinâmico, o que torna o estabelecimento de parcerias imprescindível para acompanhar a evolução do mercado.

Podemos observar a aproximação de grandes empresas com Universidades, institutos de pesquisas e startups para oxigenar suas áreas de inovação, trazendo insumos para o desenvolvimento de uma cultura mais favorável a gestão estratégica da inovação e da transformação digital. Como exemplo de aproximação dessas empresas do ecossistema de inovação, podemos citar a criação do CUBO pelo Banco Itaú, o Habitat pelo Banco Bradesco, o Campus São Paulo criado pela empresa Google, todos espaços de fomento ao empreendedorismo e a inovação patrocinados pelas empresas com essa finalidade.

Na sociedade pós-digital em que vivemos, é importante que as empresas desenvolvam estratégias de inovação alinhadas com sua gestão estratégica corporativa, e mesclem iniciativas de inovação fechada e aberta para que possam acompanhar a evolução exponencial da tecnologia e os novos modelos de negócios que surgem a cada dia.

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Claudio Carvajal

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4ª Revolução Industrial Big Data Inovação Tecnológica Inteligência Artificial Internet das Coisas Internet of Things Robótica Tecnologia da Informação Tecnologia Emergente Transformação Digital

As tecnologias emergentes e a transformação digital

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As tecnologias emergentes e a transformação digital

Tecnologias Emergentes
As tecnologias denominadas emergentes são aquelas que têm potencial para criar ou transformar a sociedade nos próximos anos. Essas tecnologias já possuem aplicações práticas, despertam grande interesse por seu potencial de rápido crescimento e impacto na sociedade, mas ainda não foram plenamente exploradas. A solução em escala global dos grandes problemas da humanidade como a pobreza, mudanças climáticas, educação, transparência governamental, dentre outros, passa pela aplicação dessas tecnologias.

Existem inúmeras tecnologias emergentes em desenvolvimento, mas temos algumas que podem ser consideradas tendências atuais de mercado. Essas tecnologias são: Inteligência Artificial, Big Data, IoT, Impressão 3D e Robótica. Essas tecnologias devem transformar a vida das pessoas e das empresas nos próximos anos.

Além de gerar valor para seus clientes utilizando essas tecnologias, as empresas devem aplicá-las para facilitar o processo de tomada de decisão dos gestores.

CLAUDIO CARVAJAL

Inteligência Artificial: Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que se propõe a elaborar dispositivos que simulem a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas. A Alexa, assistente de voz da Amazon, é um exemplo da aplicação de IA no mercado.

Big Data: É um conceito que descreve o grande volume de dados estruturados e não estruturados que são gerados a cada segundo. Um exemplo de utilização de Big Data por empresas, é a análise de dados de clientes realizada por grandes redes de varejo. Por meio da disponibilização de programas de recompensas para os clientes nos supermercados, por exemplo, as redes de varejo conseguem identificar os produtos preferidos de seus consumidores e assim gerar ofertas personalizadas.

IoT: O Internet of Things (IoT) descreve a rede de objetos físicos—“coisas”—que são incorporados a sensores, software e outras tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos. e sistemas pela internet. Esses dispositivos variam de objetos domésticos comuns a ferramentas industriais sofisticadas.

Impressão 3D: As impressoras 3D conseguem imprimir qualquer tipo de coisa utilizando a tecnologia de impressão tridimensional. Os materiais usados na impressão costumam ser resina plástica e modelagens com laser, e sua estrutura é de metal. Ao fazer a leitura de arquivos para impressora 3D, é possível criar os mais diversos tipos de objetos, como peças decorativas, alimentos e até mesmo tatuagem.

Robótica: A robótica é o estudo da tecnologia associada a concepção e construção de robôs. A área engloba toda a história dos computadores, robôs, sistemas mecânicos motorizados e atualmente está presente em áreas como a medicina e astronomia, por exemplo.

Além de gerar valor para seus clientes utilizando essas tecnologias, as empresas devem aplicá-las para facilitar o processo de tomada de decisão dos gestores. A transformação digital começa na compreensão de como a estratégia de negócios se encontra com essas tecnologias para que ela aconteça. A tecnologia é uma aliada na mudança do modelo de negócios e no desenvolvimento de novos produtos para atender melhor as pessoas e a sociedade.

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Claudio Carvajal

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Inovação Tecnológica Inteligência Artificial Internet das Coisas Internet of Things Sociedade 5.0

Economia em transformação: como IoT e IA podem ajudar na evolução das empresas

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Economia em transformação: como IoT e IA podem ajudar na evolução das empresas

Inteligência Artificial
Olhando para o passado recente da Tecnologia da Informação e seguindo o fluxo do dinheiro, pode-se observar crescentes investimentos de governos e de grandes empresas de tecnologia na pesquisa e no desenvolvimento da área de Inteligência Artificial (IA) e Internet of Things (IoT) - ou Internet das Coisas.

É preciso identificar os “loucos” mais promissores, aqueles que estão criando as soluções mais incríveis nestas áreas. Mas uma coisa é certa: com tantos investimentos e olhando as recentes soluções já comercializadas, fica fácil perceber que estas tecnologias mudarão o dia a dia de todos em um futuro muito próximo. E o que são estas tecnologias?

A IoT é uma rede de objetos físicos dotados de tecnologia embarcada (sensores e conexões) capaz de capturar e transmitir dados. Uma vez transmitidos, estes dados podem ser transformados em informações de valor que podem viabilizar a criação de diversos tipos de análises ou a prestação de serviços on-line. A interação da Internet das Coisas com a Inteligência Artificial possibilita uma revolução na interação entre homens e máquinas.

A Inteligência Artificial é a simulação da interação entre homens e máquinas através de softwares. É possível simular a inteligência humana por meio da combinação de várias tecnologias como RPA (Robotic Process Automation), Machine Learning, NLP (Natural Language Processing) e Visão Computacional. A aplicação embrionária destas tecnologias já está inserida no dia a dia das pessoas. Pode-se utilizar os chatbots para pedir a instalação de internet no site da empresa sem precisar falar com nenhum funcionário. Ou fazer a solicitação pelo WhatsApp e um chatbot agenda a instalação do serviço e pronto: a internet chega na casa do solicitante.

Cada empresa criará um futuro diferente para seus negócios, mas sem dúvida, as organizações que aproveitarem as oportunidades que essas tecnologias trazem terão grande vantagem competitiva.

CLAUDIO CARVAJAL

A Inteligência Artificial e a Internet das Coisas têm o poder de trazer mais comodidade, praticidade e conforto para a humanidade. Com os grandes investimentos sendo feitos nestas tecnologias, em breve haverá soluções inimagináveis que chegarão ao mercado em pouco tempo. Por outro lado, a consultoria McKinsey estima que metade das atividades existentes será automatizada até 2055. Haverá oportunidade de trabalho para milhões de pessoas que deixarão de exercer suas atividades por causa desta automatização?

Para aqueles que estão à frente da inovação em seus negócios fica uma certeza: é necessário saber mais sobre esse assunto e iniciar algumas reflexões que inspirem suas decisões estratégicas. Como essas mudanças impactarão a empresa? Como pode-se incluir essas tecnologias no portfólio de inovação para que a organização seja protagonista neste novo contexto do mercado?

Não há respostas prontas. Cada empresa criará um futuro diferente para seus negócios, mas sem dúvida, as organizações que aproveitarem as oportunidades que essas tecnologias trazem terão grande vantagem competitiva. Os líderes devem encontrar caminhos sustentáveis para que a transformação esteja de fato a serviço da construção de uma sociedade melhor.

Obs: Artigo publicado em 42 sites, incluindo Porta Terra, Empresa S/A, Gazeta Brasília, Mundo Marketing, dentre outros.

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4ª Revolução Industrial Inovação Tecnológica Inteligência Artificial Internet das Coisas Internet of Things Transformação Digital

Sua empresa está preparada para 4ª Revolução Industrial?

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Sua empresa está preparada para 4ª Revolução Industrial?

4ª Revolução Industrial
Segundo Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial e autor do livro The Fourth Industrial Revolution, nós já estamos vivendo a 4ª Revolução Industrial. Com ela, temos inúmeras oportunidades e desafios para as empresas. Mas afinal, você sabe o que é a 4ª Revolução Industrial? E a sua empresa? Ela está preparada para essa nova realidade?

A 1ª Revolução Industrial teve início na segunda metade do século XVIII – entre 1760 e 1840 – impulsionada pela máquina a vapor e pela construção das ferrovias e das rodovias. A 2ª Revolução começou no final do século XIX e início do século XX com a produção em massa, graças à energia elétrica e às técnicas de Administração e Produção. Já a 3ª Revolução Industrial aconteceu nos anos 1960 com a evolução da Tecnologia da Informação e da Comunicação. Finalmente, temos a 4ª Revolução Industrial – também chamada de Revolução Digital – que se iniciou na virada do milênio.

E qual é a grande novidade desta última Revolução Tecnológica? Ela tem um potencial muito maior do que as anteriores porque as tecnologias que estão sendo desenvolvidas e aplicadas na atualidade, como Inteligência Artificial, Big Data, IoT (Internet of Things), Robótica dentre outras, podem impactar diversas áreas da Ciência, de sequenciamento genético a nanotecnologia, numa velocidade muito maior do que evoluímos até o momento. A evolução científica passou a evoluir exponencialmente, enquanto no passado ela evoluía linearmente.

E como posso me preparar ou preparar minha empresa para aproveitar essas oportunidades e superar tantos novos desafios que aparecerão tão rapidamente?

A inovação tem que estar alinhada à estratégia empresarial e à visão de futuro da empresa. Paradoxalmente, a estratégia precisa ser flexível, ajustável à rápida transformação social e econômica e ao comportamento dos concorrentes no mercado.

CLAUDIO CARVAJAL

Primeiro, é preciso compreender que esta Revolução está impactando os países e as empresas de modo heterogêneo. Há regiões e empresas em estágio mais avançado no uso das novas tecnologias, e outras regiões e empresas que ainda estão bem atrasadas. A primeira sugestão é analisar sua empresa e seus concorrentes para diagnosticar como ela está em relação ao uso de novas tecnologias e qual a sua capacidade de inovação em produtos e serviços.

O segundo passo é criar uma cultura organizacional favorável à criatividade e à inovação, especialmente a inovação tecnológica. O ambiente organizacional precisa se adequar aos novos tempos. E esse é um grande desafio porque envolve, em muitos casos, a reinvenção do próprio DNA da empresa, alterando a visão, a missão, os valores, a estrutura de poder, as políticas, as normas, as relações interpessoais, os processos etc. O foco principal desta transformação é tornar as organizações mais ágeis, flexíveis, dinâmicas, criativas e inovadoras de fato.

Em paralelo com o segundo passo, o terceiro passo consiste na busca pelo conhecimento das novas tecnologias – as tecnologias exponenciais – e como elas podem impactar seu negócio. É importante utilizar ferramentas de Open Innovation, inovação aberta, envolvendo pessoas e instituições externas do chamado ecossistema de empreendedorismo e inovação, para potencializar a capacidade de inovação da sua empresa. Existem metodologias e ferramentas para isso, como Hackatons (desafios de programação), Action Learning (Desafio de inovação em negócios), Labs de Inovação, dentre outras. Sua empresa precisa criar uma estratégia de inovação, incorporando essas metodologias ao seu modelo de negócios.

Finalmente, é importante criar indicadores e metas que permitam às empresas acompanhar os resultados obtidos com a gestão e a difusão da inovação corporativa. A inovação tem que estar alinhada à estratégia empresarial e à visão de futuro da empresa. Paradoxalmente, a estratégia precisa ser flexível, ajustável à rápida transformação social e econômica e ao comportamento dos concorrentes no mercado. As organizações exponenciais terão um ciclo muito menor entre a definição da estratégia, a mensuração dos resultados e o realinhamento estratégico. A busca pela potencialização da eficiência e eficácia contará cada vez mais com o apoio e a utilização das tecnologias exponenciais, como algoritmos de negócios, robôs e inteligência artificial: um novo mundo corporativo.

Artigo publicado no Jornal o Estado de São Paulo

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