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Governança Corporativa e a Transformação Digital
A transformação digital, incorporação da inovação tecnológica e criação de novos modelos de negócios, desafia as organizações a se reinventarem, impactando também sua Governança. A área da empresa responsável pela inovação e transformação digital tem o papel de provocar as mudanças, apresentando as possibilidades de transformação através dessas tecnologias, enquanto a preocupação com o alinhamento estratégico, conformidade com as Leis, normas, políticas, bem como a mitigação de riscos para organização precisam nortear a implementação dos processos de inovação. Quanto mais ousada a iniciativa de inovação, maior o impacto para o negócio, e consequentemente maior o risco, em princípio.
A mentalidade inovadora deve permear a organização, e as pessoas devem saber quando e como podem contribuir nesse processo.
CLAUDIO CARVAJAL
Para que a transformação digital possa florescer nas organizações melhorando seus resultados, aumentando sua competitividade e garantindo sua sustentabilidade, é preciso que a gestão da empresa crie processos que envolvam os colaboradores no processo de inovação tecnológica ao mesmo tempo em que garantam a eficácia dos controles internos, conformidade com normas, leis e boas práticas de Governança.
A mentalidade inovadora deve permear a organização, e as pessoas devem saber quando e como podem contribuir nesse processo. Temos exemplos muito interessantes de empresas que criaram áreas de transformação digital, mesclando iniciativas “fechadas” (realizadas com equipes internas ou áreas de Pesquisa & Desenvolvimento) e “abertas” (ações realizadas em parceria com colaboradores, fornecedores, clientes, Universidades, Centros de Pesquisa, startups, etc), demonstrando excelentes resultados, sem prejuízos à sua Governança, mas isso ainda é um desafio para grande maioria das organizações.
Segundo pesquisa realizada pela 100 Open Startups, plataforma que fomenta parcerias de inovação aberta, no último ano 1635 grandes empresas estabeleceram parcerias com startups, em atividades de fomento a transformação digital. Muitas vezes, essas parcerias resultam em fusões e aquisições, gerando também a necessidade de homogeneizar as práticas de Governanças de empresas diferentes, com culturas organizacionais diferentes, outro grande desafio para seus gestores.
A gestão de risco passa a ser uma atividade estratégica para empresas neste cenário atual de profundas transformações na sociedade pós-digital. É importante convergir recursos e ferramentas de governança para garantir o Compliance, traduzindo para o português conformidade, que são controles que garantem que a empresa esteja adequada a normas, legislações, procedimentos, recomendáveis ou obrigatórias.
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Claudio Carvajal
Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.
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