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Oportunidades de modernização da Industria brasileira com a chegada do 5G e do investimento em soluções de IIoT

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Oportunidades de modernização da Industria brasileira com a chegada do 5G e do investimento em soluções de IIoT

5G e a IoT
Os avanços da ciência e da tecnologia sempre apoiaram o desenvolvimento da manufatura ao redor do mundo. Nas últimas décadas, os rápidos avanços nos métodos de industrialização e informatização determinaram significativos avanços no desenvolvimento da próxima geração de tecnologia de manufatura, a chamada Industria 4.0. Essa nova fase da indústria é marcada pela presença de soluções de Industrial Internet of Things – IIoT.

A IIoT consiste na utilização de IoT na Industria, ou seja no uso de tecnologias de sensores para captura de dados, transmissão para soluções digitais, comunicação e protocolos para automação de processos na indústria. Nesse sentido, o desenvolvimento da IoT está associado ao desenvolvimento da Indústria 4.0 e representa uma forte tendência na direção da nova revolução industrial. IoT integra vários dispositivos equipados com recursos de detecção, identificação, processamento, comunicação e rede.

A visão da indústria 4.0 vai além da utilização do IoT. Em conjunto com outras tecnologias, como Inteligência Artificial e Big Data, é possível converter as máquinas comuns em máquinas com munidas de poder de decisão capacidade de autoaprendizagem para melhorar seu desempenho geral, gerenciamento de manutenção e a interação ao com o ambiente. A integração e análise em tempo real de dados maciços otimizará os recursos no processo de fabricação e obterá melhor desempenho das organizações e da cadeia de valor.

Com a chegada das redes 5G, uma importante evolução para telecomunicações, a modernização da indústria brasileira deve ser acelerada.

CLAUDIO CARVAJAL

A visão da indústria 4.0 vai além da utilização do IoT. Em conjunto com outras tecnologias, como Inteligência Artificial e Big Data, é possível converter as máquinas comuns em máquinas com munidas de poder de decisão capacidade de autoaprendizagem para melhorar seu desempenho geral, gerenciamento de manutenção e a interação ao com o ambiente. A integração e análise em tempo real de dados maciços otimizará os recursos no processo de fabricação e obterá melhor desempenho das organizações e da cadeia de valor.

O futuro da indústria está no desenvolvimento de plataformas de fabricação aberta e inteligente para aplicativos de informações em rede industrial. Monitorar dados em tempo real, rastrear o status e as posições do produto, bem como manter as instruções para controlar os processos de produção, são as principais contribuições a Indústria 4.0. Se pensarmos na expansão desse conceito para cadeias ou setores indústrias, o poder dessa transformação é realmente revolucionário.

Com a chegada das redes 5G, uma importante evolução para telecomunicações, a modernização da indústria brasileira deve ser acelerada. O 5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e banda larga, que as empresas de telefonia celular começaram a implantar em todo o mundo em 2018, e é o sucessor planejado das redes 4G que fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais. A melhoria de desempenho das redes permitirá a massificação dessa e de outras tecnologias no ambiente corporativo.

Já temos alguns casos de utilização de IoT e 5G na indústria brasileira em fase de teste. Recentemente, a operadora Claro anunciou um projeto em parceria com a empresa WEG em Jaragua do Sul, Santa Catarina, para implantação de tecnologia 5G para avaliar a aplicação de redes privativas para uso industrial e soluções de IoT. Segundo comunicado, a WEG busca “um alto nível de automação” para sua operação, que envolve a produção de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas.

As empresas que olharem para essa transformação na indústria com certeza identificarão excelentes oportunidade para inovação, em especial através de inovação aberta e parcerias como no exemplo da Claro e WEG. Além de beneficiar empresas, o investimento na modernização da indústria é indispensável para competitividade nacional, e deve ser cada vez incentivado através de políticas públicas.

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Claudio Carvajal

Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Como o Design Thinking pode ajudar a promover a Economia Circular?

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Como o Design Thinking pode ajudar a promover a Economia Circular?

Design Thinking
O Design Thinking é um conjunto de métodos e processos para abordar problemas, coletar e analisar informações relacionadas a esses problemas, gerar conhecimento relacionado e idealizar propostas de soluções.

Adotado por indivíduos e organizações – principalmente no mundo dos negócios – bem como em engenharia e design contemporâneo, sua utilização vem crescendo em vários países. O conceito é entender os métodos e os processos que designers usam ao criar soluções e aplicá-los de forma estruturada para que indivíduos e organizações sejam mais capazes de gerar inovação.

Esse crescimento do Design Thinking está alinhado com outro conceito importante para solução de problemas da sociedade contemporânea: a “economia circular”. A economia circular é um conceito econômico que faz parte do desenvolvimento sustentável e de conceitos econômicos inspirados na economia verde, biologia sintética, blue economy, ecologia industrial. Ela emerge como alternativa à economia linear, e propõe que os resíduos de uma indústria sirvam como matéria-prima reciclada para ela ou para outra indústria. O modelo circular assume que os produtos e serviços têm origem em fatores da natureza e que, no final de sua vida útil, retornam à natureza através de resíduos ou de outras formas com menor impacto ambiental.

O Design Thinking aplicado no contexto da economia circular deve contribuir para solução de grandes desafios de sustentabilidade.

CLAUDIO CARVAJAL

O Design Thinking aplicado no contexto da economia circular é o caminho para reinvenção do processo produtivo no século XXI. E é no momento de crise que a economia circular ganha força, uma vez que as empresas precisam melhorar seus processos, e para isso buscam na criatividade e na inovação as bases para evolução efetiva de suas atividades.

Entendendo o comportamento das pessoas na sociedade contemporânea, especialmente o comportamento de consumo, podemos desenhar o caminho dos produtos descartados e seus resíduos, que podem ser reciclados e reaproveitados na produção de novos produtos. As tecnologias podem ajudar na rastreabilidade dos produtos e no desenvolvimento de produtos mais adequados ao novo ciclo produtivo sustentável.

As startups que focarem seu processo de ideação de novos produtos e seus modelos de negócios no uso de novas tecnologias para criação de produtos e serviços adequados à economia circular aproveitarão essas oportunidades nos próximos anos. A produção está mudando e precisamos aplicar o Design Thinking no contexto das tecnologias exponenciais (Impressoras 3D, IoT, Big Data, IA etc.) para gerar soluções voltadas à economia circular, e com isso aumentar a sustentabilidade das empresas e da sociedade.

Artigo publicado no site da FIAP

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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