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Dez passos que podem fazer a diferença na criação de uma startup

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Dez passos que podem fazer a diferença na criação de uma startup

O Brasil está entre os cinco países com maior potencial empreendedor do mundo. Cinquenta e três por cento da população entre 18 e 64 anos que não é empreendedora tem o sonho ou a intenção de abrir uma empresa. O dado é da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, realizada em 2021 pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas) em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).
O Brasil está entre os cinco países com maior potencial empreendedor do mundo. Cinquenta e três por cento da população entre 18 e 64 anos que não é empreendedora tem o sonho ou a intenção de abrir uma empresa. O dado é da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, realizada em 2021 pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas) em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

Empreender pode significar correr altos riscos, mas existem estratégias, métodos e ferramentas que auxiliam a jornada do empreendedor. O professor Cláudio Carvajal, coordenador acadêmico da graduação da FIAP e cofundador da startup Singular Next, elencou dez passos para ajudar na criação de uma startup. 

É preciso validar com o futuro cliente se de fato a ideia resolve melhor o problema do que os concorrentes atuais.

CLAUDIO CARVAJAL

1  Encontrar um propósito

O futuro empreendedor deve descobrir sua vocação. Muitas áreas de atuação podem trazer bons retornos financeiros, mas é muito difícil acreditar que alguém que não goste de uma atividade seja bem-sucedido atuando nela. Seria como imaginar um vegano abrindo uma churrascaria porque ouviu falar que o setor está em alta. É de se questionar o empenho e a dedicação deste empreendedor para se atualizar sobre o setor e inspirar as pessoas que trabalham com ele. 

2  Encontrar as pessoas certas

Em especial, quando se busca um sócio, é essencial fazer uma boa escolha para que o negócio tenha mais chances de sucesso. É quase como um casamento. Se não houver uma afinidade de valores, princípios e propósito, é provável que a sociedade não dure muito. Esta filosofia de escolher bem as pessoas que participarão do empreendimento como colaboradores ou parceiros comerciais segue o mesmo raciocínio: buscar pessoas que sonhem o mesmo sonho que a empresa, sempre que possível.

3  Fazer uma imersão na área que pretende empreender

É essencial para o empreendedor fazer cursos, ler bastante e procurar pessoas que já atuam nesta área e que possam compartilhar experiências.  É sempre mais fácil e mais barato aprender com a experiência dos outros. Faz parte do investimento no negócio buscar conhecimento, desenvolver habilidades que ajudem no desenvolvimento do negócio.

4  Identificar os problemas reais da área

O empreendedorismo digital começa identificando os problemas de determinada área, afinal, onde há problemas, há oportunidades. Os problemas podem ser: dificuldades que as pessoas, as empresas ou até mesmo a sociedade tenham e que as organizações ainda não estão ajudando na sua solução, ou ainda não estão ajudando de forma eficaz.

5  Ideação

Não é necessário ter uma ideia inédita para criar valor para as pessoas. Muitas empresas nascem de ideias que se propõem a resolver problemas iguais, mas de forma diferente. Conhecer como os concorrentes entregam valor e quais são seus pontos fracos ajuda a entender como melhorar aquilo que já existe.

Uma inovação incremental pode ser poderosa para melhorar a competitividade. Um bom exemplo de metodologia que auxilia no processo de ideação é o design thinking, um conjunto de métodos e processos para abordar problemas, coletar e analisar informações relacionadas a estes problemas, gerar conhecimento relacionado e idealizar propostas de soluções. 

6  Validar a ideia

As ideias que surgem nesse processo de “ideação” precisam ser validadas. É preciso validar com o futuro cliente se de fato a ideia resolve melhor o problema do que os concorrentes atuais. Existem ferramentas que podem ajudar neste processo, ainda dentro da abordagem do design thinking, que propõem a prototipação e o teste deste protótipo com potenciais clientes, para entender se de fato há valor na solução criada. 

7  Modelar o negócio

É importante utilizar métodos para criação e validação do modelo de negócios utilizado. O Business Model Canvas é uma ferramenta muito interessante para ajudar nesta etapa. O Business Model Generation é uma metodologia para esboçar um plano de negócios relativo a uma ideia de negócios, para validar se ela é realmente boa. É uma simplificação do modelo de negócios tradicional, no qual os autores Alex Osterwalder e Yves Pigneur propõem a análise de nove fatores de sucesso, ou nove “blocos de construção”, para que o empreendedor e sua equipe validem a ideia.

8  Planejar as finanças da futura empresa

O planejamento financeiro da startup é um ponto fundamental para aumentar as chances de sucesso. O plano financeiro é o documento que busca prever os recursos necessários para viabilizar a operação da empresa, estima a possibilidade de retorno do investidor e ajuda na tomada de decisão, inclusive para “pivotar” a estratégia de negócios, adequando melhor a “ideia” à realidade dos custos e da formação de preços. Os empreendedores precisam ter criatividade para ajustar tanto seu modelo de negócios quanto seu planejamento financeiro à medida em que a evolução da empresa vai validando ou não as premissas definidas para o cálculo das projeções.

9  Preparar um ótimo pitch para atrair investidores, parceiros, clientes etc

De maneira bem simplificada, um pitch é a apresentação de venda de um produto ou negócio. Na linguagem do empreendedorismo, este pitch pode ser utilizado para conseguir um cliente, mas também para conseguir um sócio, um parceiro ou investidor para a empresa.

Há várias técnicas de comunicação e oratória que podem ajudar alguém a se preparar para este desafio de apresentar uma ideia, um produto ou uma empresa para estes diferentes públicos, além de técnicas e habilidades para criar apresentações de slides incríveis que também ajudam a convencer sobre o potencial do negócio.

10  Acreditar e não desistir do sonho

Iniciar um negócio é acreditar no potencial da ideia, no poder de transpor barreiras e dificuldades que inicialmente não se pode imaginar, mas que certamente aparecerão pelo caminho. 

As histórias de sucesso de grandes empreendedores, apesar de terem trajetórias muito diferentes, têm um ponto em comum: são casos incríveis de persistência. Em grande parte, é preciso fracassar algumas vezes até obter o sucesso. Cada derrota é uma oportunidade de aprendizado, e cada vitória mais uma fonte de motivação para seguir em frente. Casos de empreendedores que fracassaram várias vezes até conseguir criar um negócio de sucesso são bem comuns, por isso a resiliência é fator decisivo nesta jornada. 

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Claudio Carvajal

Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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As Principais Tendências de Tecnologia para 2023

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As Principais Tendências de Tecnologia para 2023

Tendências Tecnológicas para 2023
O avanço das transformações sociais e econômicas devem continuar impulsionando a necessidade de investimento em tecnologia nas empresas em 2023 e nos próximos anos. O desafio de atualizar a tecnologia nas organizações para garantir sua competitividade e sustentabilidade traz anualmente a necessidade de reavaliar quais são as tecnologias mais importantes para o seu negócio dentre as inúmeras tendências tecnológicas que se apresentam.

Desta forma, o papel dos gestores é identificar quais são estas tendências tecnológicas inicialmente, e a partir daí analisar quais são as tecnologias que podem impactar positivamente o seu modelo de negócios, ou ainda mudar seu modelo de negócios no curto prazo. Esse é o caminho para tomada de decisão eficaz com relação a investimentos em tecnologia.

O primeiro passo então é identificar quais são estas tendências tecnológicas para 2023. Tomando como base algumas fontes importantes como Gartner, o IT Forum e a Forbes Brasil dentre outros, podemos identificar algumas tecnologias que são praticamente um consenso entre especialistas para este ano: Inteligência Artificial e Computação Cognitiva, Cloud Computing, Computação Quântica, Hiperautomação, Superapps, Metaverso e Sustentabilidade.

 

Inteligência Artificial e Computação Cognitiva

A utilização da Inteligência Artificial, que é a área da tecnologia da informação que desenvolve softwares que simulam a inteligência humana, já são uma realidade em diversos setores, como no atendimento ao cliente de diversos setores, um exemplo bem comum são os chatbots que conversam com os clientes através dos sites ou do Whatsapp. E conforme essa tecnologia melhora seu desempenho é natural que tenhamos cada vez mais empresas utilizando estas soluções para automação nesta área. Mas a Inteligência artificial vai muito além disto. Temos a aplicação destas tecnologias viabilizando o uso de veículos autônomos, a automação de linhas de produção de indústrias, e inúmeras aplicações na área médica possibilitando maior assertividade nas atividades médico-hospitalares.

Sem dúvida, estas tecnologias devem ser analisadas com muita atenção na maioria dos setores econômicos em 2023, trazendo oportunidades muito interessantes.

Sabendo que estas são as tecnologias que deve impactar o mercado de tecnologia nos próximos anos, o desafio dos gestores é compreender como estas tecnologias podem trazer ameaças e oportunidades para os seus negócios

CLAUDIO CARVAJAL

Cloud Computing

Cloud computing, ou computação na nuvem, é uma tecnologia que permite acesso remoto a softwares, armazenamento de arquivos e processamento de dados por meio da internet. É uma alternativa para você acessar dados importantes de qualquer computador, em qualquer lugar.

As empresas podem usar as ferramentas das plataformas de Computação em Nuvem de setor como blocos de construção para compor iniciativas de negócios digitais exclusivas e diferenciadas, proporcionando agilidade, inovação e tempo reduzido de lançamento no mercado, evitando os atrasos.

Até 2027, o Gartner prevê que mais de 50% das organizações usarão plataformas de Nuvem de setor para acelerar suas iniciativas de negócios.


Computação quântica

A computação quântica é a ciência que estuda as aplicações da mecânica quântica na ciência da computação, com objetivo de desenvolver o computador quântico. Na prática, ela será capaz de fornecer velocidade computacional sem precedentes com análise preditiva para resolver problemas. A tecnologia quântica, que usa as caracterizações exclusivas de partículas subatômicas para processar entradas de dados, provavelmente revolucionará tudo, desde segurança cibernética até análises em tempo real.

A computação quântica pode ser direcionada e aumentada por meio de inteligência artificial, operar em uma estrutura 5G ou 6G, oferecer suporte à IoT e catalisar ciência de materiais, biotecnologia, genômica e o metaverso.

Apesar de ser uma tecnologia em desenvolvimento que tem atenção e investimento de grandes empresas como Amazon, IBM, Google e Microsoft, além de atrair investimentos para para startups nesta área, devemos ter aplicações mais comerciais nos próximos anos. Mesmo assim, é importante que os gestores conheçam esta tecnologia em 2023 e vejam se há algum impacto para seus negócios ainda que nos próximos anos.


Hiperautomação

A Hiperautomação consiste na em ampliar a automação dos processos empresariais através da utilização de inteligência artificial (IA), aprendizagem de máquina, Internet das coisas (IOT) e automação de processos robóticos.

A automação de processos será intensificada viabilizando tomadas de decisões mais inteligentes e estratégicas com uma melhor análise dos dados, otimizando o tempo de produção das equipes. Outro ponto importante é a ligação da hiperautomação com a Internet das Coisas (IoT), possibilitando grandes saltos na interação entre máquinas cada vez mais úteis na rotina corporativa. A ideia é que a comunicação fique mais fácil e clara entre os dispositivos, reforçando a segurança dos dados utilizados por diferentes áreas.

 

Superapps

Um superapp combina os recursos de um aplicativo, uma plataforma e um ecossistema em um único software. Ele não apenas possui seu próprio conjunto de funcionalidades, mas também fornece um ambiente ideal para terceiros desenvolverem e publicarem seus próprios miniaplicativos. Até 2027, o Gartner prevê que mais de 50% da população global serão usuários ativos diários de vários superapps.

“Embora a maioria dos exemplos de superapp sejam de aplicações móveis, o conceito também pode ser aplicado a aplicativos para desktop, como o Microsoft Teams e o Slack, com a chave sendo que um superapp pode consolidar e substituir vários recursos para uso de clientes ou funcionários”, fala Karamouzis.


Metaverso

O Gartner define metaverso como um espaço compartilhado virtual 3D coletivo, criado pela convergência de realidade física e digital virtualmente aprimorada. Além disso, é persistente, proporcionando experiências imersivas aprimoradas. O Gartner espera que um metaverso completo seja independente de qualquer dispositivo e que ele não será de propriedade de um único fornecedor.

Segundo os analistas, o metaverso terá uma economia virtual própria, habilitada por moedas digitais e tokens não fungíveis (NFTs). Até 2027, a análise prevê que mais de 40% das grandes instituições em todo o mundo usarão uma combinação de Web3, Nuvem, Realidade Aumentada (RA) e Gêmeos Digitais em projetos baseados em metaversos destinados a aumentar a receita.

 

Sustentabilidade

A sustentabilidade influencia todas as tendências tecnológicas estratégicas para 2023. Em uma pesquisa recente do Gartner, os CEOs relataram que as mudanças ambientais e sociais são agora uma das três principais prioridades para os investidores, depois de lucro e receita. Isso significa que os executivos devem investir mais em soluções inovadoras projetadas para atender à demanda ESG visando cumprir as metas.

Para fazer isso, as instituições precisam de uma nova estrutura que aumente a eficiência energética e de materiais dos serviços de TI, permita a sustentabilidade empresarial por meio de recursos como rastreabilidade, análise, energia renovável e Inteligência Artificial, além de implementar recursos de TI para ajudar os clientes a atingir seus objetivos.


Uma vez que os gestores da empresa conhecem estas tendências, o próximo passo é analisar como estas tecnologias podem trazer ameaças e oportunidades para os seus negócios, estabelecendo prioridades estratégicas de investimento em tecnologia para empresa.

Apesar das perspectivas econômicas não serem tão favoráveis para muitos setores neste ano de 2023, devido à alta global da inflação, aumento das taxas de juros e consequentemente apreensão de muitas empresas em realizar investimentos, não é possível deixar de buscar esta compreensão da mudança que a tecnologia traz para o seu setor e a sua empresa.

A superação dos momentos difíceis nas empresas passa pela capacidade de inovação, flexibilidade e adaptabilidade de suas equipes. A aplicação eficaz destas novas tecnologias é parte da estratégia para trazer inovação para o negócio e valor para os clientes.

 

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Oportunidades de modernização da Industria brasileira com a chegada do 5G e do investimento em soluções de IIoT

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Oportunidades de modernização da Industria brasileira com a chegada do 5G e do investimento em soluções de IIoT

5G e a IoT
Os avanços da ciência e da tecnologia sempre apoiaram o desenvolvimento da manufatura ao redor do mundo. Nas últimas décadas, os rápidos avanços nos métodos de industrialização e informatização determinaram significativos avanços no desenvolvimento da próxima geração de tecnologia de manufatura, a chamada Industria 4.0. Essa nova fase da indústria é marcada pela presença de soluções de Industrial Internet of Things – IIoT.

A IIoT consiste na utilização de IoT na Industria, ou seja no uso de tecnologias de sensores para captura de dados, transmissão para soluções digitais, comunicação e protocolos para automação de processos na indústria. Nesse sentido, o desenvolvimento da IoT está associado ao desenvolvimento da Indústria 4.0 e representa uma forte tendência na direção da nova revolução industrial. IoT integra vários dispositivos equipados com recursos de detecção, identificação, processamento, comunicação e rede.

A visão da indústria 4.0 vai além da utilização do IoT. Em conjunto com outras tecnologias, como Inteligência Artificial e Big Data, é possível converter as máquinas comuns em máquinas com munidas de poder de decisão capacidade de autoaprendizagem para melhorar seu desempenho geral, gerenciamento de manutenção e a interação ao com o ambiente. A integração e análise em tempo real de dados maciços otimizará os recursos no processo de fabricação e obterá melhor desempenho das organizações e da cadeia de valor.

Com a chegada das redes 5G, uma importante evolução para telecomunicações, a modernização da indústria brasileira deve ser acelerada.

CLAUDIO CARVAJAL

A visão da indústria 4.0 vai além da utilização do IoT. Em conjunto com outras tecnologias, como Inteligência Artificial e Big Data, é possível converter as máquinas comuns em máquinas com munidas de poder de decisão capacidade de autoaprendizagem para melhorar seu desempenho geral, gerenciamento de manutenção e a interação ao com o ambiente. A integração e análise em tempo real de dados maciços otimizará os recursos no processo de fabricação e obterá melhor desempenho das organizações e da cadeia de valor.

O futuro da indústria está no desenvolvimento de plataformas de fabricação aberta e inteligente para aplicativos de informações em rede industrial. Monitorar dados em tempo real, rastrear o status e as posições do produto, bem como manter as instruções para controlar os processos de produção, são as principais contribuições a Indústria 4.0. Se pensarmos na expansão desse conceito para cadeias ou setores indústrias, o poder dessa transformação é realmente revolucionário.

Com a chegada das redes 5G, uma importante evolução para telecomunicações, a modernização da indústria brasileira deve ser acelerada. O 5G é o padrão de tecnologia de quinta geração para redes móveis e banda larga, que as empresas de telefonia celular começaram a implantar em todo o mundo em 2018, e é o sucessor planejado das redes 4G que fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais. A melhoria de desempenho das redes permitirá a massificação dessa e de outras tecnologias no ambiente corporativo.

Já temos alguns casos de utilização de IoT e 5G na indústria brasileira em fase de teste. Recentemente, a operadora Claro anunciou um projeto em parceria com a empresa WEG em Jaragua do Sul, Santa Catarina, para implantação de tecnologia 5G para avaliar a aplicação de redes privativas para uso industrial e soluções de IoT. Segundo comunicado, a WEG busca “um alto nível de automação” para sua operação, que envolve a produção de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas.

As empresas que olharem para essa transformação na indústria com certeza identificarão excelentes oportunidade para inovação, em especial através de inovação aberta e parcerias como no exemplo da Claro e WEG. Além de beneficiar empresas, o investimento na modernização da indústria é indispensável para competitividade nacional, e deve ser cada vez incentivado através de políticas públicas.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Lean Startup e Inovação Empresarial

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Lean Startup e Inovação Empresarial

Lean Startup
O dinamismo atual do mundo dos negócios faz com que as empresas busquem cada vez mais metodologias ágeis para gestão de negócios. Neste contexto, o Lean Startup é uma das abordagens ágeis que tem sido adotada com frequência, devido ao seu grande potencial de transformação e ganho de competitividade. O conceito de Lean Startup foi introduzido por Eric Ries no livro “The Lean Startup” a partir de sua experiência durante anos como empreendedor, consultor e criador de startups.

A Lean Startup é estruturada a partir da combinação do seguinte tripé:

Desenvolvimento Ágil: está intimamente relacionado com o “desenvolvimento de cliente”, dando ênfase, portanto, à premissa de não desperdiçar tempo, pois os produtos são aprimorados quase que instantaneamente com os feedbacks dos clientes;

Plataforma Tecnológica: utilização da tecnologia a favor do processo de criação e de desenvolvimento de produtos;

Desenvolvimento de Clientes (Customer Development): adoção do modelo para sintetizar hipóteses, criação de um protótipo, chamado produto mínimo viável, utilização de testes com potenciais clientes para validação das hipóteses, interação com o mercado, discussão das hipóteses, criação novas versões do produto mínimo viável a partir dos subsídios colhidos e realização dos ajustes necessários.

A metodologia Lean Startup é uma aliada no desenvolvimento de novos produtos e serviços de forma ágil, fomentando a inovação com foco no valor para o cliente.

CLAUDIO CARVAJAL

O Customer Development é composto por quatro etapas. São elas:

  • Descoberta do cliente: criação de hipóteses;
  • Validação do cliente: encontrar um modelo de negócio;
  • Geração de demanda: início da execução, testando a conversão e satisfação de clientes;
  • Estruturação do negócio: é a transição de uma startup para um modelo de negócio validado.

O método prescreve ainda 5 testes (perguntas) que devem ser utilizados para auxiliar os empreendedores durante a execução das etapas. Teste 1: Isto é um problema real; Teste 2: Esta é uma solução; Teste 3: Conseguimos vender esta solução; Teste 4: Podemos repetir a venda desta solução; Teste 5: Podemos escalar nosso negócio. O autor argumenta que o método minimiza desperdícios de recursos, por estar ancorado em uma engenharia para validar premissas do negócio, executando a ideia com uma probabilidade favorável para absorção no mercado.

A AGILIDADE ATRAVÉS DO PRODUTO MÍNIMO VIÁVEL

O produto mínimo viável (MVP) é um instrumento de teste, caracterizado como uma versão beta de produto, desenvolvido de forma ágil e econômica, para ser apresentado aos clientes e receber feedbacks. O objetivo de desenvolver um MVP é o de validar os palpites e insights sobre premissas de mercado antes de lançá-los, de forma a permitir antecipar problemas ou até mesmo redefinir estratégia do negócio para evitar desperdícios de recursos.

A metodologia Lean Startup é uma aliada no desenvolvimento de novos produtos e serviços de forma ágil, fomentando a inovação com foco no valor para o cliente. Empresas que adotam métodos ágeis tem maior assertividade no processo de inovação, porque permite validar a inovação pelo cliente ainda no processo de Ideação, mitigando riscos e otimizando recursos.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Governança Corporativa e a Transformação Digital

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Governança Corporativa e a Transformação Digital

Governança Corporativa e a Transformação Digital
A Governança Corporativa é o sistema através do qual as empresas são dirigidas, e existem inúmeras estratégias e ferramentas para criar harmonia na relação entre sócios, conselho de administração, dirigentes, órgãos de controle e demais partes interessadas. As chamadas “boas práticas” de Governança Corporativa constituem ações objetivas para garantir a transparência, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização.

A transformação digital, incorporação da inovação tecnológica e criação de novos modelos de negócios, desafia as organizações a se reinventarem, impactando também sua Governança. A área da empresa responsável pela inovação e transformação digital tem o papel de provocar as mudanças, apresentando as possibilidades de transformação através dessas tecnologias, enquanto a preocupação com o alinhamento estratégico, conformidade com as Leis, normas, políticas, bem como a mitigação de riscos para organização precisam nortear a implementação dos processos de inovação. Quanto mais ousada a iniciativa de inovação, maior o impacto para o negócio, e consequentemente maior o risco, em princípio.

A mentalidade inovadora deve permear a organização, e as pessoas devem saber quando e como podem contribuir nesse processo.

CLAUDIO CARVAJAL

Para que a transformação digital possa florescer nas organizações melhorando seus resultados, aumentando sua competitividade e garantindo sua sustentabilidade, é preciso que a gestão da empresa crie processos que envolvam os colaboradores no processo de inovação tecnológica ao mesmo tempo em que garantam a eficácia dos controles internos, conformidade com normas, leis e boas práticas de Governança.

A mentalidade inovadora deve permear a organização, e as pessoas devem saber quando e como podem contribuir nesse processo. Temos exemplos muito interessantes de empresas que criaram áreas de transformação digital, mesclando iniciativas “fechadas” (realizadas com equipes internas ou áreas de Pesquisa & Desenvolvimento) e “abertas” (ações realizadas em parceria com colaboradores, fornecedores, clientes, Universidades, Centros de Pesquisa, startups, etc), demonstrando excelentes resultados, sem prejuízos à sua Governança, mas isso ainda é um desafio para grande maioria das organizações.

Segundo pesquisa realizada pela 100 Open Startups, plataforma que fomenta parcerias de inovação aberta, no último ano 1635 grandes empresas estabeleceram parcerias com startups, em atividades de fomento a transformação digital. Muitas vezes, essas parcerias resultam em fusões e aquisições, gerando também a necessidade de homogeneizar as práticas de Governanças de empresas diferentes, com culturas organizacionais diferentes, outro grande desafio para seus gestores.

A gestão de risco passa a ser uma atividade estratégica para empresas neste cenário atual de profundas transformações na sociedade pós-digital. É importante convergir recursos e ferramentas de governança para garantir o Compliance, traduzindo para o português conformidade, que são controles que garantem que a empresa esteja adequada a normas, legislações, procedimentos, recomendáveis ou obrigatórias.

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Open Innovation e Sustentabilidade dos Negócios na Era Pós-Digital

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Open Innovation e Sustentabilidade dos Negócios na Era Pós-Digital

Open Innovation
A gestão estratégica e a gestão da inovação tecnológica devem ser consideradas processos interconectados, já que no cenário competitivo do mundo pós-digital, não inovar significa para uma empresa correr sério risco de ser ultrapassada por novas ideias de negócios no mercado. Adotar uma abordagem estratégica do uso da inovação tecnológica como fator de competitividade não é mais uma opção, mas uma necessidade para qualquer organização.

A inovação está relacionada ao desenvolvimento dos países, das empresas e da própria humanidade. Ao longo dos anos as organizações vêm investindo em inovação para melhorar sua competitividade e sustentabilidade. Tradicionalmente, a área de inovação das empresas trabalhava fortemente através de P&D (pesquisa e desenvolvimento através de métodos científicos), de forma fechada e fortemente preocupada com a questão da proteção da propriedade intelectual, ou mesmo em obter vantagem pelo pioneirismo. Mas com a dinâmica e a complexidade das tecnologias emergentes, podemos observar um crescimento das iniciativas de inovação aberta, inovação gerada através de parcerias com empresas, startups e Universidades.

A inovação “aberta” já ocorre há bastante tempo no ambiente empresarial, mas recentemente o professor Henry Chesbrough, da Universidade da Califórnia em Berkley, publicou um livro chamado “Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology”, passando a ser reconhecido como o criador do termo Inovação Aberta. Segundo Henry Chesbrough, as empresas orientadas pelo modelo de inovação aberta terão resultados muito melhores do que as empresas que trabalham apenas com estratégias de inovação fechada.

Na sociedade pós-digital em que vivemos, é importante que as empresas desenvolvam estratégias de inovação alinhadas com sua gestão estratégica corporativa

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As estratégias de inovação devem mesclar iniciativas fechadas e abertas, dependo da necessidade da proteção da propriedade intelectual ou da própria gestão estratégica que muitas vezes deve deixar para anunciar as novidades e diferenciais gerados pela inovação ao mercado no momento certo. Entretanto, não trabalhar estratégias de inovação aberta atualmente é um erro, uma vez que o ambiente tecnológico e de negócios e dinâmico, o que torna o estabelecimento de parcerias imprescindível para acompanhar a evolução do mercado.

Podemos observar a aproximação de grandes empresas com Universidades, institutos de pesquisas e startups para oxigenar suas áreas de inovação, trazendo insumos para o desenvolvimento de uma cultura mais favorável a gestão estratégica da inovação e da transformação digital. Como exemplo de aproximação dessas empresas do ecossistema de inovação, podemos citar a criação do CUBO pelo Banco Itaú, o Habitat pelo Banco Bradesco, o Campus São Paulo criado pela empresa Google, todos espaços de fomento ao empreendedorismo e a inovação patrocinados pelas empresas com essa finalidade.

Na sociedade pós-digital em que vivemos, é importante que as empresas desenvolvam estratégias de inovação alinhadas com sua gestão estratégica corporativa, e mesclem iniciativas de inovação fechada e aberta para que possam acompanhar a evolução exponencial da tecnologia e os novos modelos de negócios que surgem a cada dia.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Sua empresa está preparada para o mundo pós-digital?

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Sua empresa está preparada para o mundo pós-digital?

Sua empresa está preparada para o mundo pós-digital?
A expansão das tecnologias emergentes desencadeou o surgimento de uma nova estrutura social pautada na interdependência global em rede. Na sociedade pós-digital, a informação assume o papel de principal recurso econômico. A competitividade em uma economia global depende da capacidade das empresas em gerar inovação tecnológica que permita criar valor agregado para seus clientes e para própria organização.

Um estudo da empresa Accenture, o Accenture Technology Vision 2019, realizado com mais de 6 mil executivos de negócios, marketing e Tecnologia das principais economias mundiais, identificou que 45% relataram que o ritmo de inovação em suas empresas foi acelerado nos últimos três anos devidos às tecnologias emergentes. E com a pandemia global causada pelo COVID-19 em 2020, os investimentos em infraestrutura de TI e tecnologias emergentes devem ser intensificados acelerando ainda mais a digitalização no ambiente de negócios.

A vida das pessoas foi e continuará sendo transformada pela tecnologia. Elas estão ávidas por novas experiências digitais, globais e em rede. A internet passa a ser o principal canal de relacionamento entre marcas e consumidores, e essa comunicação pode ser benéfica ou maléfica para a imagem das organizações, fazendo-se necessário adaptar a publicidade e o marketing para a atual realidade da sociedade pós-digital. Essa sociedade é caracterizada por uma presença tão onipresente da tecnologia digital, que nem percebemos mais que ela está lá.

O marketing de influência, que utiliza influenciadores nas redes sociais para promover marcas e produtos, por exemplo, é uma estratégia pós-digital que gera conexão com os clientes, e tem se demonstrado aderente a nova realidade

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Para se destacar nesse novo cenário competitivo, as marcas devem despertar desejo de consumo por meio da criação de sensações e experiência inéditas. O consumidor pós-digital é inquieto, volátil e está em constante busca pela satisfação de seus desejos e necessidades. As mudanças comportamentais e culturais junto com as novas mídias trazem inúmeros desafios e oportunidades. As estratégias de marketing precisam ser reinventadas nesse novo contexto. É preciso reinventar o conceito da sua empresa, renovando portfólio de produtos, serviços e modelos de negócios constantemente. Esse relacionamento com entre a empresa e a sociedade, em especial com seus clientes, depende de novas estratégias de marketing, que permitam criar essa nova conexão com os nativos digitais.

O marketing de influência, que utiliza influenciadores nas redes sociais para promover marcas e produtos, por exemplo, é uma estratégia pós-digital que gera conexão com os clientes, e tem se demonstrado aderente a nova realidade. Os clientes querem se relacionar com as empresas, com suas marcas favoritas em todos os canais. Nas lojas físicas, nas diferentes plataformas digitais, e ter uma experiência diferente e grandiosa em cada uma delas. Com a pandemia do COVID-19, a necessidade de ser omnichannel se tornou urgente, devido as restrições colocadas ao funcionamento dos estabelecimentos físicos, mas a importância de estar presente nas plataformas e redes sociais já era uma tendência, algo que foi antecipado e acelerado por muitas organizações desde 2020.

Dessa forma, é oportuno que as empresas façam uma reflexão, um diagnóstico da sua situação em relação às necessidades desse novo cliente, o cliente pós-digital, e a partir dessa análise estabeleça uma estratégia para iniciar ou acelerar o processo de adaptação de sua empresa ao contexto do mundo pós-digital.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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As tecnologias emergentes e a transformação digital

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As tecnologias emergentes e a transformação digital

Tecnologias Emergentes
As tecnologias denominadas emergentes são aquelas que têm potencial para criar ou transformar a sociedade nos próximos anos. Essas tecnologias já possuem aplicações práticas, despertam grande interesse por seu potencial de rápido crescimento e impacto na sociedade, mas ainda não foram plenamente exploradas. A solução em escala global dos grandes problemas da humanidade como a pobreza, mudanças climáticas, educação, transparência governamental, dentre outros, passa pela aplicação dessas tecnologias.

Existem inúmeras tecnologias emergentes em desenvolvimento, mas temos algumas que podem ser consideradas tendências atuais de mercado. Essas tecnologias são: Inteligência Artificial, Big Data, IoT, Impressão 3D e Robótica. Essas tecnologias devem transformar a vida das pessoas e das empresas nos próximos anos.

Além de gerar valor para seus clientes utilizando essas tecnologias, as empresas devem aplicá-las para facilitar o processo de tomada de decisão dos gestores.

CLAUDIO CARVAJAL

Inteligência Artificial: Inteligência Artificial (IA) é um ramo da ciência da computação que se propõe a elaborar dispositivos que simulem a capacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas. A Alexa, assistente de voz da Amazon, é um exemplo da aplicação de IA no mercado.

Big Data: É um conceito que descreve o grande volume de dados estruturados e não estruturados que são gerados a cada segundo. Um exemplo de utilização de Big Data por empresas, é a análise de dados de clientes realizada por grandes redes de varejo. Por meio da disponibilização de programas de recompensas para os clientes nos supermercados, por exemplo, as redes de varejo conseguem identificar os produtos preferidos de seus consumidores e assim gerar ofertas personalizadas.

IoT: O Internet of Things (IoT) descreve a rede de objetos físicos—“coisas”—que são incorporados a sensores, software e outras tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos. e sistemas pela internet. Esses dispositivos variam de objetos domésticos comuns a ferramentas industriais sofisticadas.

Impressão 3D: As impressoras 3D conseguem imprimir qualquer tipo de coisa utilizando a tecnologia de impressão tridimensional. Os materiais usados na impressão costumam ser resina plástica e modelagens com laser, e sua estrutura é de metal. Ao fazer a leitura de arquivos para impressora 3D, é possível criar os mais diversos tipos de objetos, como peças decorativas, alimentos e até mesmo tatuagem.

Robótica: A robótica é o estudo da tecnologia associada a concepção e construção de robôs. A área engloba toda a história dos computadores, robôs, sistemas mecânicos motorizados e atualmente está presente em áreas como a medicina e astronomia, por exemplo.

Além de gerar valor para seus clientes utilizando essas tecnologias, as empresas devem aplicá-las para facilitar o processo de tomada de decisão dos gestores. A transformação digital começa na compreensão de como a estratégia de negócios se encontra com essas tecnologias para que ela aconteça. A tecnologia é uma aliada na mudança do modelo de negócios e no desenvolvimento de novos produtos para atender melhor as pessoas e a sociedade.

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Claudio Carvajal

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Inovação e Valor para o cliente: como superar o desafio de alcançar sucesso no mercado

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Inovação e Valor para o cliente: como superar o desafio de alcançar sucesso no mercado

Inovação e Valor
A inovação é essencial em todos os setores. Hoje em dia, as empresas estão cada vez mais sob forte pressão do mercado, que cobra delas essa capacidade contínua de oferecer novos produtos e serviços cada vez mais rápido ao cliente. Os consumidores esperam que os novos produtos satisfaçam suas necessidades e, quando não satisfeitos, eles não escondem suas decepções. A gestão da inovação nas organizações deve permear a mentalidade das pessoas e fazer parte da cultura organizacional, fazer parte do dia a dia.

Antes de pensar na gestão da inovação, é importante partir de uma definição para inovação, dentre as inúmeras que existem. Isto é importante para entender o conceito, compreender a diferença entre inovação e invenção.

Pode-se inventar diversos produtos, mas se ninguém utilizá-los, foram apenas invenções, não podendo ser considerados como inovações. A inovação ocorre quando as pessoas utilizam aquilo que foi inventado. Elas utilizam a invenção porque é algo útil, porque tem “valor”. Isto é o conceito de inovação: criar valor para pessoas, trazendo algo novo (produto, serviços, método, processos etc.).

Quando se cria valor de verdade para os consumidores, inova-se de fato. Mas como fazer isso? Existem muitas metodologias e abordagens que ajudam a trabalhar a inovação nos negócios, e é importante conhecê-las e escolher aquelas que mais se adequam à empresa, como por exemplo:

Lean Product: as equipes de desenvolvimento de produto precisam atender às necessidades cada vez mais exigentes de seus consumidores. Para isso, utilizam abordagens “Lean”, que contribuem com a otimização dos processos de desenvolvimento, uma vez que estas incluem a redução da força de trabalho e do uso de recursos, remoção de atividades que não agregam valor, sobreposição e interação das atividades.

Essas abordagens concentram-se na entrega de valor para o cliente. Este valor pode ser identificado através de várias formas distintas e as abordagens são caracterizadas por diferentes benefícios e focos.

CLAUDIO CARVAJAL

Customer Development: abordagem desenvolvida pelo professor Steve Blank, da Universidade de Stanford, que se concentra em encontrar problemas e sua melhor solução. A experimentação dessa teoria tem foco no ambiente das startups, empresas que surgem justamente de ideias inovadoras que buscam satisfazer e reter seus clientes.

Lean Startup: abordagem desenvolvida por Eric Ries, que se baseou no Customer Development.

O Lean Startup busca um processo rápido de testagem e aprendizado, preocupando-se com o valor para o cliente.

Essas abordagens concentram-se na entrega de valor para o cliente. Este valor pode ser identificado através de várias formas distintas e as abordagens são caracterizadas por diferentes benefícios e focos.

A entrega de valor para o cliente deve nortear, cada vez mais, as estratégias das empresas e o desenvolvimento de inovações. E a integração de várias abordagens pode permitir que as empresas superem o constante desafio de alcançar sucesso no mercado.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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Open Innovation: estratégias de inovação para aproximar grandes empresas do modelo de startups

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Open Innovation: estratégias de inovação para aproximar grandes empresas do modelo de startups

Open Innovation
Atualmente, as transformações tecnológicas, sociais, políticas e econômicas ocorrem em alta velocidade, exigindo que as organizações sejam ágeis e altamente adaptáveis. É preciso acompanhar as novidades, em especial as soluções tecnológicas que surgem a todo momento, podendo trazer ameaças ou oportunidades aos negócios.

As grandes empresas, em geral, investem em estratégias de inovação fechada, quando as invenções, pesquisas e ideias são desenvolvidas internamente, normalmente a cargo do setor de Pesquisa e Desenvolvimento, conhecido como P&D. Além disto, a empresa detém a propriedade intelectual daquilo que desenvolve. Isto significa que o processo de ideação e outras fases da inovação não são compartilhados.

Entretanto, o Open Innovation, ou Inovação Aberta, tornou-se algo cada vez mais comum nas grandes empresas, que procuram se aproximar de universidades, centros de pesquisa e startups – o ecossistema de inovação.
Uma das vantagens da Inovação Aberta é a oxigenação do capital intelectual das grandes organizações. Assim, elas passam a interagir com o ecossistema através de ações como Challenges (desafios baseados em problemas do ambiente corporativo), Hackathons (maratonas de soluções a partir de problemas) e Hubs (espaços que reúnem startups para troca de ideias e networking), além de identificar oportunidades reais de investimento.

A estratégia de Inovação Aberta representa uma verdadeira mudança no mindset de muitos empreendedores, gestores e empresários em geral.

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Segundo ranking da 100 Open Startups, plataforma que conecta startups a empresas, 1.635 companhias estabeleceram parcerias com startups nos últimos 12 meses. Este número representa um crescimento 20 vezes maior do que há cinco anos. A pesquisa apontou também as empresas mais engajadas com Inovação Aberta no Brasil:


1 – Natura
2 – ArcelorMittal
3 – BMG
4 – EDP
5 – Alelo
6 – BASF
7 – Raízen
8 – Unilever
9 – Nestlé
10 – Accenture

A estratégia de Inovação Aberta representa uma verdadeira mudança no mindset de muitos empreendedores, gestores e empresários em geral, já que grande parte das empresas focam somente em estratégias de Inovação Fechada e preferem guardar suas ideias em segredo.

É importante lembrar que é possível trabalhar em paralelo com diferentes estratégias de inovação. Os projetos que necessitam de cuidado com a propriedade intelectual, por exemplo, podem adotar métodos de Inovação Fechada. Ao mesmo tempo, esta empresa pode utilizar Inovação Aberta para outros projetos, gerando valor à organização por meio do compartilhamento de conhecimento, estabelecimento de parcerias e investimentos em novos negócios.

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Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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