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Open Innovation e Sustentabilidade dos Negócios na Era Pós-Digital

Open Innovation
A gestão estratégica e a gestão da inovação tecnológica devem ser consideradas processos interconectados, já que no cenário competitivo do mundo pós-digital, não inovar significa para uma empresa correr sério risco de ser ultrapassada por novas ideias de negócios no mercado. Adotar uma abordagem estratégica do uso da inovação tecnológica como fator de competitividade não é mais uma opção, mas uma necessidade para qualquer organização.

A inovação está relacionada ao desenvolvimento dos países, das empresas e da própria humanidade. Ao longo dos anos as organizações vêm investindo em inovação para melhorar sua competitividade e sustentabilidade. Tradicionalmente, a área de inovação das empresas trabalhava fortemente através de P&D (pesquisa e desenvolvimento através de métodos científicos), de forma fechada e fortemente preocupada com a questão da proteção da propriedade intelectual, ou mesmo em obter vantagem pelo pioneirismo. Mas com a dinâmica e a complexidade das tecnologias emergentes, podemos observar um crescimento das iniciativas de inovação aberta, inovação gerada através de parcerias com empresas, startups e Universidades.

A inovação “aberta” já ocorre há bastante tempo no ambiente empresarial, mas recentemente o professor Henry Chesbrough, da Universidade da Califórnia em Berkley, publicou um livro chamado “Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology”, passando a ser reconhecido como o criador do termo Inovação Aberta. Segundo Henry Chesbrough, as empresas orientadas pelo modelo de inovação aberta terão resultados muito melhores do que as empresas que trabalham apenas com estratégias de inovação fechada.

Na sociedade pós-digital em que vivemos, é importante que as empresas desenvolvam estratégias de inovação alinhadas com sua gestão estratégica corporativa

CLAUDIO CARVAJAL

As estratégias de inovação devem mesclar iniciativas fechadas e abertas, dependo da necessidade da proteção da propriedade intelectual ou da própria gestão estratégica que muitas vezes deve deixar para anunciar as novidades e diferenciais gerados pela inovação ao mercado no momento certo. Entretanto, não trabalhar estratégias de inovação aberta atualmente é um erro, uma vez que o ambiente tecnológico e de negócios e dinâmico, o que torna o estabelecimento de parcerias imprescindível para acompanhar a evolução do mercado.

Podemos observar a aproximação de grandes empresas com Universidades, institutos de pesquisas e startups para oxigenar suas áreas de inovação, trazendo insumos para o desenvolvimento de uma cultura mais favorável a gestão estratégica da inovação e da transformação digital. Como exemplo de aproximação dessas empresas do ecossistema de inovação, podemos citar a criação do CUBO pelo Banco Itaú, o Habitat pelo Banco Bradesco, o Campus São Paulo criado pela empresa Google, todos espaços de fomento ao empreendedorismo e a inovação patrocinados pelas empresas com essa finalidade.

Na sociedade pós-digital em que vivemos, é importante que as empresas desenvolvam estratégias de inovação alinhadas com sua gestão estratégica corporativa, e mesclem iniciativas de inovação fechada e aberta para que possam acompanhar a evolução exponencial da tecnologia e os novos modelos de negócios que surgem a cada dia.

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Claudio Carvajal

Claudio Carvajal

Professor e Coordenador Acadêmico na FIAP. Empreendedor na área de negócios digitais, co-founder da Singular NEXT. Palestrante na área de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia. Autor de livros na área de negócios e tecnologia.

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